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CNA debate propostas para o Plano Agrícola e Pecuário 2020/2021

CNA debate propostas para o Plano Agrícola e Pecuário 2020/2021

A Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu na quinta (23), por videoconferência, para debater propostas do setor para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2020/2021.

O principal tema levantado na discussão foi a redução da taxa de juros. O vice-presidente da CNA e presidente da Comissão, deputado José Mário Schreiner, afirmou que as taxas praticadas atualmente no crédito rural são muito elevadas e não acompanharam a tendência de queda da Selic e do crédito em outros setores.

“A redução da taxa de juros e dos custos acessórios na contratação do crédito será a bandeira do setor agropecuário na discussão do Plano Safra”.

No encontro, o vice-presidente da Comissão e economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, apresentou um estudo da CNA que traz os principais números do crédito rural, a variação das taxas de juros de custeio e comercialização e alguns possíveis cenários para 2021.

“O que observamos é que cada vez menos produtores conseguem acessar o crédito rural. De 2007/2008 até 2019/2020, houve uma redução de 560 mil contratos. Porém, enquanto o número de contratos cai, o valor médio do ticket sobe”.

Um dos destaques do estudo é a análise dos custos administrativos e tributários das instituições financeiras. Esses custos são acrescidos à taxa de juros paga pelo produtor rural para remunerar as instituições financeiras. Antônio explicou que a soma da taxa de juros paga pelo produtor e pelo Tesouro Nacional a essas instituições aumentou consideravelmente nos últimos anos.

“Quando comparamos os números percebemos que eles não condizem com a realidade do produtor rural brasileiro. Esses dados servem de alerta para mostrar que há um exagero na cobrança dos juros do crédito rural”, destacou.

Outro assunto debatido na reunião foi o combate à venda casada na contratação de crédito e outros serviços financeiros. O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, reforçou a importância da campanha da entidade “Nada além do que preciso” para proteger os produtores rurais de práticas abusivas de instituições financeiras.

“Precisamos orientar cada vez mais os produtores para que eles tenham acesso a todas as informações necessárias sobre seus direitos na contratação de serviços e continuem denunciando essas práticas abusivas”, disse Bruno. A denúncia pode ser feita pelo endereço www.consumidor.gov.br ou pelo telefone 151 (Procon). Para reclamação anônima, a CNA criou uma plataforma de denúncia.

Durante o encontro virtual, a assessora técnica da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, Fernanda Schwantes, falou sobre a Lei 13.986/202 (MP do Agro).

Ela destacou que “a Lei não revoga os instrumentos e modelos de financiamento rural tradicionais, previstos em leis anteriores e que produtor rural já está acostumado. A nova legislação foi elaborada e aprovada para ampliar o elenco dos mecanismos, ferramentas e alternativas de financiamentos e de garantias à disposição do produtor com objetivo final de obter crédito a um custo cada vez menor”.

A assessora técnica também apresentou as ações da CNA para viabilizar a adesão das instituições financeiras às condições de composição de dívidas previstas pela Resolução 4.755 do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Farsul apresenta, em entrevista coletiva virtual, proposta de operações estruturadas de crédito encaminhada ao BNDES

Farsul apresenta, em entrevista coletiva virtual, proposta de operações estruturadas de crédito encaminhada ao BNDES

Sugestão visa adaptar mecanismo existente no mercado para renegociação de dívidas de produtores rurais

A Farsul, juntamente com Fetag-RS, Fecoagro-RS, Cotrijal, Aprosoja-RS, Federarroz, Febrac, Agapomi, Sindag, Acergs e Abraleite, apresentou ao BNDES uma alternativa para facilitar e agilizar a renegociação de dívidas dos produtores rurais atingidos pela estiagem que contraíram débitos em instituições que não fazem parte do sistema bancário. A proposta foi detalhada em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, realizada de forma remota em aplicativo de teleconferência, em cumprimento às normas implementadas no Sistema Farsul para prevenção da Covid-19. A estratégia permitiu que os jornalistas interagissem durante a apresentação mantendo o home-office, conforme orientação das empresas jornalísticas.

A solução apresentada pela Farsul se refere a operações estruturadas de crédito e prevê a criação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), por parte do BNDES, para que o Banco compre os CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) que foram originados por empresas como revendedoras de insumos, cooperativas, cerealistas e tradings, lastreadas pelas Cédulas de Produto Rural (CPR). Essa operação é normalmente realizada através de investidores privados, no entanto, se for viabilizada pelo BNDES dará mais agilidade ao processo e reduzirá o juro destas operações, afirma o economista chefe da Farsul, Antonio da Luz.

De acordo com Da Luz, a ideia é transpor, para o agronegócio, um modelo que já funciona para a área de energia e infraestrutura, principais beneficiárias do modelo de FIDC. A ideia é que os produtores rurais, uma vez impedidos de cumprirem os prazos acertados para o pagamento de dívidas, procurem as empresas com as quais contraíram débito para propor que estas acessem diretamente o BNDES juntando diversos títulos, já que quanto maior o volume, mais atrativa esta operação se torna para o Banco. O BNDES, neste caso, se comporta como um investidor sênior, conferindo liquidez às cédulas.

O potencial deste mercado é amplo. Só em 2019, foram realizadas emissões no valor de R$ 15,1 bilhão, predominantemente na forma de CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio). A proposta teve boa receptividade por parte do BNDES, do Ministério da Economia e Ministério da Agricultura, que pode transpor o modelo também para instituições bancárias, ampliando assim o espectro da operação. A apresentação que detalha a proposta pode ser acessada neste link.

Dia da Educação

Dia da Educação

Hoje é dia de celebrarmos a importância da educação, seja escolar, social ou familiar. Educar não é somente instruir é preparar para vida, possibilita a mudança, a formação e a evolução.

Farsul apresenta, em entrevista coletiva virtual, proposta de operações estruturadas de crédito encaminhada ao BNDES

Farsul apresenta, em entrevista coletiva virtual, proposta de operações estruturadas de crédito encaminhada ao BNDES

Sugestão visa adaptar mecanismo existente no mercado para renegociação de dívidas de produtores rurais

A Farsul, juntamente com Fetag-RS, Fecoagro-RS, Cotrijal, Aprosoja-RS, Federarroz, Febrac, Agapomi, Sindag, Acergs e Abraleite, apresentou ao BNDES uma alternativa para facilitar e agilizar a renegociação de dívidas dos produtores rurais atingidos pela estiagem que contraíram débitos em instituições que não fazem parte do sistema bancário. A proposta foi detalhada em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, realizada de forma remota em aplicativo de teleconferência, em cumprimento às normas implementadas no Sistema Farsul para prevenção da Covid-19. A estratégia permitiu que os jornalistas interagissem durante a apresentação mantendo o home-office, conforme orientação das empresas jornalísticas.

A solução apresentada pela Farsul se refere a operações estruturadas de crédito e prevê a criação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), por parte do BNDES, para que o Banco compre os CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) que foram originados por empresas como revendedoras de insumos, cooperativas, cerealistas e tradings, lastreadas pelas Cédulas de Produto Rural (CPR). Essa operação é normalmente realizada através de investidores privados, no entanto, se for viabilizada pelo BNDES dará mais agilidade ao processo e reduzirá o juro destas operações, afirma o economista chefe da Farsul, Antonio da Luz.

De acordo com Da Luz, a ideia é transpor, para o agronegócio, um modelo que já funciona para a área de energia e infraestrutura, principais beneficiárias do modelo de FIDC. A ideia é que os produtores rurais, uma vez impedidos de cumprirem os prazos acertados para o pagamento de dívidas, procurem as empresas com as quais contraíram débito para propor que estas acessem diretamente o BNDES juntando diversos títulos, já que quanto maior o volume, mais atrativa esta operação se torna para o Banco. O BNDES, neste caso, se comporta como um investidor sênior, conferindo liquidez às cédulas.

O potencial deste mercado é amplo. Só em 2019, foram realizadas emissões no valor de R$ 15,1 bilhão, predominantemente na forma de CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio). A proposta teve boa receptividade por parte do BNDES, do Ministério da Economia e Ministério da Agricultura, que pode transpor o modelo também para instituições bancárias, ampliando assim o espectro da operação. A apresentação que detalha a proposta pode ser acessada neste link.

Prorrogado prazo para vacinação contra febre aftosa no RS

Prorrogado prazo para vacinação contra febre aftosa no RS

A nova data é 24 de abril, comprovação pode ser feita por e-mail ou WhatsApp

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr), anunciou no fim da tarde de segunda-feira (13/4) a prorrogação da data final da campanha de vacinação contra febre aftosa no Rio Grande do Sul. O novo prazo é 24 de abril e teve autorização do governo federal. A expectativa da Secretaria é imunizar 12,6 milhões de animais, entre bovinos e bubalinos de todas as idades.
Com as normas de restrições aplicados no estado e para evitar aglomerações nas inspetorias locais, a comprovação de vacinação pode ser feita por e-mail. Confira aqui a relação completa dos endereços. Outra opção é o envio do comprovante pelo aplicativo WhatsApp. Nesse caso, o número de contato da inspetoria é o mesmo do telefone fixo. O prazo final de apresentação de notas fiscais de compra de vacinas foi prorrogado para 30 de abril.

Produtores podem renegociar dívidas relativas a perdas pela seca

Produtores podem renegociar dívidas relativas a perdas pela seca

São cerca de 200 mil produtores beneficiados e um potencial de R$ 5 bilhões

Divulgação Emater/RS

Foi publicada nesta quinta-feira (9/4), a Resolução nr. 4.802 do Banco Central que autoriza a renegociação da dívida dos produtores rurais gaúchos que tiveram perdas com a seca que atinge o Rio Grande do Sul desde o final do ano passado. Terão direito todos os produtores de municípios com situação de emergência reconhecida pelo Governo Estadual. A estimativa é que sejam beneficiados cerca de 200 mil produtores rurais, envolvendo um volume de R$ 5 bilhões em transações.
Conforme a resolução, as dívidas relativas ao custeio vencidos ou vincendas entre 1º de março a 31 de dezembro de 2020 terão até sete anos de parcelamento. Os investimentos com parcelas vencidas ou vincendas entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2020, terão a prestação transferida para após a última. O mesmo acontecendo com as parcelas das renegociações de anos anteriores.
Também será liberado custeio para a Agricultura Familiar no valor de R$ 20 mil, com juros de 4,6% ao ano e prazo de 36 meses para pagamento, com carência de 12 meses. Os médios produtores atendidos pelo Pronamp terão R$ 40 mil de crédito, juros de 6% ao ano e as mesmas condições de prazo.
Para as cooperativas integrantes do Procap-Agro poderem renegociar as dívidas com seus associados, serão disponibilizados até R$ 65 milhões para cada uma, com limite de R$ 40 mil por produtor. A expectativa da Farsul é que sejam anunciadas na próxima semana as demais medidas demandadas.
A proposta apresentada foi elaborada pela Farsul, juntamente com Fetag, Fecoagro-RS, Cotrijal, Aprosoja-RS, Federarroz, Febrac, Agapomi, Sindag, Acergs e Abraleite. O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, agradece o envolvimento e dedicação da Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina e sua equipe técnica. E também destaca o corpo técnico do Ministério da Economia, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento do RS, Covatti Filho, a Famurs, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Ernani Polo, os presidentes das Frentes Parlamentares da Agropecuária do RS, Edson Brum, e do Congresso Nacional, Alceu Moreira, aos senadores Luis Carlos Heinze e Lasier Martins, e demais parlamentares gaúchos pelo apoio e participação nas negociações que se iniciaram ainda em janeiro deste ano. A Farsul destacará nominalmente esses parlamentares futuramente.

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