O mercado da soja opera com leves baixas na manhã desta quarta-feira (26) na Bolsa de Chicago. Depois de subir mais de 5 pontos na sessão anterior, os futuros da oleaginosa recuavam entre 0,50 e 1,75 ponto nos principais contratos, corrigindo os últimos ganhos e ainda sofrendo com os temores ligados ao coronavírus.
Assim, perto de 7h20 (horário de Brasília), o março tinha US$ 8,77, o maio US$ 8,87 e o julho, US$ 8,98 por bushel. As cotações testam suas mínimas em algumas semanas na CBOT e continuam sentindo a pressão da aversão ao risco que está alocada no mercado financeiro global.
“O mercado acionário americano já perdeu quase 2 trilhões de dólares nos últimos dias, as commodities agrícolas cederam mais um pouco e o preço do petróleo continua caindo. O COVID-19 que se alastrou principalmente na Itália, Coreia do Sul e Irã provocou certo pânico e caos nos mercados”, explicou o consultor da Cerealpar e da AgroCulte, Steve Cachia.
Além dos impactos da saúde, as perdas econômicas com o coronavírus também são esperadas com bastante severidade e alimentam com ainda mais força e intensidade as preocupações de uma recessão global.
Somente na China, o o vírus já matou quase 3 mil pessoas e infectou mais de 80 mil. O Brasil já tem seu primeiro caso confirmado – um homem de 61 anos, residente de São Paulo, que esteve a trabalho na Itália, outro país onde o número de casos se prolifera rapidamente.
Para a soja, o mercado observa ainda as movimentações da China em torno das possíveis compras de soja que pode fazer nos EUA. O movimento faz parte, em teoria, da fase um do acordo comercial, que entrou em vigor no último dia 15, e os traders seguem atentos sobre quando as aquisições serão, de fato, efetivadas.