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Farsul e Bayer firmam parceria para desenvolver jovens talentos no agronegócio

Farsul e Bayer firmam parceria para desenvolver jovens talentos no agronegócio

Com o programa de capacitação, federação e companhia pretendem incentivar a liderança de uma nova geração no campo

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IRFS) com 743 filhos de agricultores no Estado, com idades entre 13 e 21 anos, embora o cenário externo influencie na decisão de sucessão familiar, o ambiente que ele encontra no negócio da família será decisivo para o caminho escolhido pelo jovem. Segundo dados divulgados no Censo Agropecuário de 2017 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos 11 anos, o percentual de produtores com mais de 65 anos aumentou de 18% para 23% no campo, enquanto o de jovens produtores entre 25 e 35 anos caiu de 14% para 10%. O campo tem tido dificuldades em reter profissionais jovens.

Em meio a esse desafio e com o foco no desenvolvimento de competências de um futuro líder no campo, a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) se uniu à divisão agrícola da Bayer para contribuir com o aumento da presença de novos talentos no agronegócio gaúcho e acelerar o desenvolvimento da juventude no setor.

O resultado dessa parceria será o programa “Talentos do Agro” – que visa estimular ações que ampliem o conhecimento dos jovens em relação aos processos de inovação e transformação digital no agronegócio, estimulando a capacidade em criar soluções para desafios complexos e estratégias de comunicação.

O presidente da Farsul, Gedeão Pereira destaca que a entidade sempre vai apoiar ações que desenvolvam líderes da nova geração do agro. “A responsabilidade dos jovens produtores é muito grande na sucessão das empresas rurais. Eles precisam manter e melhorar o trabalho já existente buscando a adaptação aos novos tempos”, afirmou ele.

“A comissão de Jovens Empresários Rurais da Farsul vem trabalhando na identificação e formação de novas lideranças no setor. E este programa vem para coroar esta iniciativa contribuindo com a preparação de jovens produtores em empreendedores com um embasamento diferenciado”, explica o coordenador da comissão da Farsul, Rafael Macedo.

“O Agro é um setor muito importante para o Brasil. Para que possamos continuar crescendo, aumentando nossa competitividade e nos posicionando como líder no mercado global é fundamental que tenhamos pessoas preparadas para liderar, suas propriedades e o setor. Essa deve ser é uma pauta estratégica para a agropecuária brasileira, pois precisamos preparar nossos jovens para que eles assumam esse papel no futuro. O Talentos do Agro terá o foco no desenvolvimento desse líder. É uma capacitação que abordará questões técnicas de agricultura e agropecuária, mas também de gestão de negócios e de pessoas. Todos pontos que irão ajudá-lo a ter confiança ao liderar o campo”, explica o diretor do negócio de soja e algodão da Bayer para o Brasil e líder do programa na companhia, Marcelo Neves.

Segundo Marcelo Neves, a parceria com a Farsul foi firmada devido ao histórico e pioneirismo da entidade no estado. “Muitas das pessoas que transformaram a agricultura nacional são do Rio Grande do Sul. Queremos, como empresa, ajudar a construir esse futuro para o agro gaúcho e de todo o país. O programa será dividido em três etapas. A ideia é que os participantes conheçam um pouco mais sobre as tendências que vão gerar impacto no mundo do agronegócio nos próximos anos. Aprendam sobre estratégia e networking. Vejam o quanto a inovação e transformação digital no campo são necessários para uma agricultura sustentável; além de debater o tema da sucessão familiar e a gestão dos negócios”, explica o executivo.

Fonte: Imprensa Sistema Farsul e Assessoria de Comunicação da Bayer

Farsul e Federarroz divulgam nota conjunta sobre manutenção da TEC no arroz

Farsul e Federarroz divulgam nota conjunta sobre manutenção da TEC no arroz

Documento destaca compromisso entre entidades e Governo Federal

A Farsul e a Federarroz divulgaram nota conjunta com o objetivo de esclarecer a atual situação da safra e o abastecimento do produto. As entidades afirmar não haver risco de desabastecimento, garantindo assim a manutenção da Tarifa Externa Comum (TEC) nas importações de arroz. Também reforçam, no documento, o compromisso de manter constante a oferta de arroz em casca, bom como da segurança alimentar dos brasileiros e o equilíbio do mercado.

Confira nota na íntegra.

Fonte: Imprensa Sistema Farsul

Custos Operacionais Totais cresceram mais de 150% em dez anos

Custos Operacionais Totais cresceram mais de 150% em dez anos

Dados fazem parte do programa Campo Futuro no estado

Na última década, os custos operacionais totais das principais culturas do Rio Grande do Sul registraram aumento superior a 150%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3/9) pelo Sistema Farsul. O levantamento faz parte do programa Campo Futuro, uma iniciativa da CNA, Esalq/Cepea e Sistema Farsul, que completa dez anos em 2020. O trabalho acompanha a evolução dos custos de produção em regiões que são referência na produção agrícola.

É o caso de Uruguaiana, uma das praças analisadas para o arroz irrigado. Nos últimos dez anos, os custos subiram 159%. Em Carazinho, a alta para o milho foi de 157%, soja 178% e trigo 73%, única cultura que não ultrapassou os 100% de alta no período. Para o economista do Sistema Farsul, Ruy Silveira Neto, responsável pelo estudo no estado, o movimento de alta irá se manter. “Estamos trabalhando com taxas médias de 10% ao ano e acreditamos que irá se manter”, avalia.

Na última safra, a lavoura arrozeira teve um incremento de 28% na produtividade e 38% no preço (baseado nos valores praticados durante a realização do levantamento). O melhor resultado da história do programa para a cultura. Já o Custo Operacional Total (COT) aumentou 11%, tendo a irrigação (25%) e o beneficiamento (68%), como principais influências.

Como houve um crescimento de 78% na receita, foi possível cobrir o COT depois de dois anos consecutivos de margens brutas negativas. Considerando o Custo Total, que incluem os juros de investimentos, houve resultado positivo após cinco anos seguidos de prejuízo.

O milho apresentou queda de 32% na produtividade na safra 2019/2020. Especialmente em decorrência da seca que atingiu o Rio Grande do Sul no último verão. Sendo o terceiro pior resultado na série histórica do programa Campo Futuro. Em contrapartida, os preços cresceram 25% no período.

O expressivo aumento de 256% no custo com seguros em razão da estiagem e de 16% com fertilizantes fizeram o COT do grão aumentar 3%. Como o aumento do preço foi inferior a queda da produtividade e os custos aumentaram, a margem bruta foi muito baixa.

A seca também afetou a produtividade da soja, sendo a terceira pior registrada pelo levantamento em dez anos, caindo 23%. Já os preços compensaram a queda de rendimento, com um crescimento de 23%.

No caso da oleaginosa, houve queda no COT de 11% nas lavouras que utilizam tecnologia RR e 8% nas com Intacta devido a queda de 50% e 30%, respectivamente, nos custos das sementes. Como a receita registrou – 5%, para ambas, a margem bruta foi maior que na safra passada. Entretanto, este é o seguindo ano consecutivo que o produtor não consegue cobrir o Custo Total da lavoura.

Única cultura de inverno analisada pelo Campo Futuro no Rio Grande do Sul, o trigo teve alta de 14% na produtividade e 7% no preço. Esta é sua melhor cotação em dez anos de levantamento na região de Carazinho. Fungicidas (-35%) e operações mecânicas (-18%) puxaram a queda de 5% do COT. Mesmo assim, a margem bruta se manteve negativa na safra 19/20.

No caso da soja e milho irrigados, as produtividades caíram 22% e 18%, e os preços cresceram 34% e 40% respectivamente. A redução nos custos de fungicidas e herbicidas impactaram no COT de ambos (soja -7% e milho -9%). Isso ocorreu pela influência do clima seco no combate às pragas das lavouras irrigadas. Com a valorização dos preços acima da queda da produtividade, as culturas tiveram recordes históricos nas suas margens brutas.

Neto explica que com a consolidação do Brasil como o grande fornecedor de commodities no cenário mundial e a alta taxa cambial, o preço no mercado interno se elevou. Isso garantiu, até certo nível, um ganho de margem bruta nas culturas afetadas pela estiagem deste ano. Porém, o câmbio se mantendo elevado e uma inflação de 4,14% no acumulado de 12 meses, conforme o IICP de julho, divulgado pela Farsul, a tendência é que os custos de produção sejam os maiores da história no Rio Grande do Sul na safra 2020/2021.

 

Confira os dados apresentados