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Exportação de café cresce 9,9% em maio

Em maio, segundo o balanço das exportações de café do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), foram exportadas 2.437.823 sacas, enquanto em abril o número registrado foi de 2.216.834 sacas, um crescimento de 9,9%.
 
Em um mês, avanço no volume das exportações de café cresceu quase 10%Em um mês, avanço no volume das exportações de café cresceu quase 10%
 
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o volume representa um decréscimo de 3,6%. Já a receita cambial ficou em US$ 418,9 milhões, com o preço médio da saca em US$ 171,84, um aumento de 13% e 17,2%, respectivamente na comparação com maio de 2016.
 
Os cafés verdes alcançaram, em maio, um total de 2.209.116 sacas, 2.189.557 de arábica e 19.559 de robusta. O total do café industrializado ficou em 228.707 sacas, uma queda de 23,8% em relação ao mesmo mês em 2016, sendo 227.899 sacas de café solúvel e 808 sacas de café torrado e moído.
 
No acumulado do ano safra 2016/17, as exportações brasileiras de café apresentaram queda de 7,3%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita cambial entre julho-2016/maio-2017, no entanto, totalizou um aumento de 5,2% com valor acima de US$ 5,2 bilhões, com preço médio da saca a US$ 171,89.
 
 
Fonte: http://www.uagro.com.br/editorias/agricultura/cafe/2017/06/12/exportacao-de-cafe-cresce-9-9-em-maio.html / Por DATAGRO
FOTOS CURSO DE INSEMINAÇÃO

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Chuva atrasa plantio do trigo

A presença da frente fria sobre a região Sul do Brasil vai manter o tempo bastante instável sobre boa parte das regiões produtoras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e do Paraná. Assim, trabalhos de colheita, plantio e preparo do solo estarão comprometidosatrasando ainda mais o avanço do plantio do trigo. Também há previsões para pancadas de chuvas sobre as regiões produtoras de São Paulo, do triângulo e sul de Minas Gerais. Como serão pancadas de fraca intensidade e irregulares, apenas haverá a paralisação momentânea da colheita do milho, café e da cana de açúcar, sem riscos de perdas de produtividade e/ou qualidade.

 

Conheça a análise de volume de chuva para sua área produtora

 

Também não se pode descartar a possibilidade de que venham ocorrer pancadas de chuvas isoladas sobre o Mato Grosso e Goiás nesta quinta-feira (01), sendo que essas chuvas já trazem prejuízos aos produtores de milho e algodão, uma vez que quase 30% dos grãos de milho colhidos, até o momento, apresentam-se ardidos. No algodão, essas chuvas já provocam o apodrecimento dos botões florais do baixeiro.

 

E tais condições meteorológicas deverão se manter inalteradas ao longo dos próximos dias, já que no próximo final de semana, uma nova frente fria irá avançar sobre a região Sul, provocando chuvas fortes em, praticamente, toda a região. O novo sistema deverá estar avançando sobre o estado de São Paulo ao longo da semana que vem e, provoca chuva em boa parte dos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Os trabalhos de colheita da cana de açúcar, do café e do milho serão afetados e também o plantio do trigo.

 

 

Frio 

Mas o fato que irá marcar esse final de semana será o frio. O avanço de uma massa de ar polar sobre a região centro-sul do Brasil irá provocar o declínio acentuado das temperaturas mínimas. Não se pode descartar a possibilidade que entre os dias 02 e 04/06 os termômetros venham registrar temperaturas próximas dos 5°C em muitos municípios da região Sul, como também de São Paulo e do sul de Minas Gerais. Em locais de baixada e de alta altitude existe a possibilidade de ocorrência de formações de geadas de fraca intensidade. Esse frio poderá afetar lavouras de feijão, café e cana de açúcar. Nas áreas produtoras de milho, o frio não deverá ser tão intenso.

 

Fonte: https://agroclima.climatempo.com.br/noticia/2017/06/01/chuva-atrasa-o-avanco-do-plantio-do-trigo-4019 / por Marco Antônio Santos / Agrometeorologista 

Pilares Da Alta Produtividade: Como Produzir Mais Sem Alterar A Área De Plantio?

Com estimativa de crescimento de 2%, de acordo com dados da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio, que representa um quarto do PIB nacional, tem apresentado desempenho três vezes melhor do que o de outros setores.

De acordo com os números divulgados pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 8,73 bilhões no mês de março, correspondendo a 43,5% do valor total das vendas externas do país no período.

Diante de tamanha responsabilidade, uma questão que já preocupava o produtor rural ganha novas proporções. Como garantir a alta produtividade no agronegócio? Como fazer com que uma fazenda produza mais e tenha mais retorno financeiro, otimizando os recursos e sem alterar a área da lavoura?

Embora a questão seja complexa, três pilares se destacam nesse desafio: a eficiência dos procedimentos, que devem observar as especificidades de cada cultivo; o investimento em tecnologia, equipamentos e materiais; e os recursos humanos, que viabilizem o gerenciamento inteligente dos sistemas.

“O planejamento do ambiente, para alcançar alta produtividade, deve considerar a interdependência dos fatores de produção”, afirma o engenheiro agrônomo Marihus Altoé Baldotto, professor permanente da Universidade Federal de Viçosa (UFV), com licenciatura plena em Química e pós-doutorado em Solos e Nutrição de Plantas.

Para o cientista, o aumento da produtividade no agronegócio reduz a demanda por novas áreas de plantio a partir da melhor gestão dos fatores de produção, melhorando a relação entre custo e benefício dos recursos naturais e preservando florestas. Nessa equação, todos saem ganhando, pois há a garantia da qualidade dos produtos e conservação da natureza, resultando em condições mais saudáveis para o cultivo.

Baldotto defende que, quando se fala em alta produtividade no agronegócio, é imprescindível o levantamento, descrição, classificação e mapeamento dos solos, para que os processos sejam adequados às suas capacidades de uso e aptidão agrícola. “Várias restrições podem ser verificadas neste momento, possibilitando decisões tanto para implantação da lavoura, quanto para a condução do projeto, envolvendo providências para a correção do solo quando existem tecnologias que contornam as limitações”, afirma.

Guilherme Gouveia de Oliveira, engenheiro agrônomo e supervisor agrícola da Agrodoce, concorda. “É fundamental conhecer a planta e alocá-la no solo e ambiente recomendados, trabalhando para que ela atinja, a cada nova safra, produtividades mais expressivas”, diz.

Baldotto explica que cultivos implantados em solos profundos, com capacidade de retenção de umidade equilibrada, boa aeração (renovação do ar) e sem outras limitações para a sua nutrição tendem a apresentar produtividade mais elevada. “Com essas qualidades ambientais, associadas ao manejo adequado e tratos culturais, os genótipos desenvolvidos pelo melhoramento genético, um dos aliados da alta produtividade, podem expressar suas características fenotípicas desejáveis”, argumenta.

No entanto, as aptidões dificilmente são encontradas em um solo ao mesmo tempo, demandando investimentos, cuidado e um corpo técnico maduro para conduzir as intervenções nos argissolos e latossolos, tipos predominantes na fronteira agrícola brasileira, especialmente nas áreas produtoras de cana. “Tenho proposto o uso de argissolos para projetos de integração de lavoura, pecuária e floresta, prioritariamente.

Os latossolos precisam ter a sua fertilidade construída e necessitamos realizar esse esforço integralmente. O preparo ideal do solo é aquele que otimiza os atributos químicos, físicos e biológicos inter-relacionados”, elucida, ressaltando que a “fertilidade do solo também depende do ecossistema em que ele se insere”.

Oliveira considera que a potente produtividade da Agrodoce está ligada à boa adubação, calagem – adição de calcário ou cal virgem ao solo para diminuição da acidez e fornecimento de nutrientes para as plantas, como os íons cálcio e magnésio – e gessagem de base – especialmente para fornecimento de cálcio, enxofre e correção de solos salinos e sódicos.

Para o professor da UFV, um forte componente do sucesso das culturas é a garantia do potencial de crescimento radicular – desenvolvimento das raízes das plantas -, que depende diretamente do correto preparo do solo. “Um sistema radicular bem formado é imprescindível para lavouras produtivas, melhorando a absorção de água e de nutrientes, garantindo maior tolerância a competidores, pragas, doenças e condições adversas”, explica.

Porém, a coesão natural de alguns solos e o processo de compactação e descompactação decorrente de sucessivos ciclos da cultura agravam ou promovem a desagregação, prejudicando essa dinâmica. “O empobrecimento da estrutura do solo e o desprendimento das partículas facilita o seu arrastamento pela água da chuva, acelerando o processo de erosão, limitando a produtividade”, expõe. Assim, é preciso atenção redobrada para evitar o inadequado dimensionamento do preparo do solo, uma vez que a erosão pode ser potencializada, principalmente, se o terreno permanecer descoberto no período de maior intensidade de chuvas.

O professor recomenda que o agricultor verifique constantemente a necessidade de práticas de controle da erosão. “Na maior parte das vezes, as lavouras são instaladas em solos de relevo suave a ondulado, com declividade inferior a 20%. Mas, com a mecanização intensa, problemas físicos podem acontecer e desencadear alterações químicas e biológicas limitantes para a produtividade”, pondera.

As causas e as consequências da erosão, para Baldotto, são questões preocupantes e urgentes para a agropecuária, devendo a tecnologia ser apropriada para os solos tropicais, respeitando “a busca contínua dos cientistas por práticas conservacionistas, sempre planejando o uso do solo em convergência com o resultado de levantamento de solos para alocação de sua capacidade de uso dentro de correta aptidão agrícola”.

O especialista da UFV lembra, ainda, que manter o agronegócio competitivo significa evoluir para patamares mais sustentáveis de produtividade, sendo a reciclagem a nova realidade para a produção dos insumos agropecuários, “um salto qualitativo para minimizar o uso de recursos naturais não renováveis e a destinação inadequada de rejeitos”.

Os passivos ambientais, tornados matérias-primas e produtos secundários das atividades principais, como para a produção de adubos orgânicos e organominerais, exemplificam o aproveitamento máximo de recursos e a criação de valor agregado que incrementam a produtividade do agronegócio.

Pragas: uma das grandes inimigas da alta produtividade

Para o engenheiro agrônomo da Agrodoce, pragas, doenças e ervas daninhas podem derrubar a produtividade de uma propriedade. Ele conta que os problemas atuais do canavial que supervisiona são a broca (Diatraea saccharalis), bicudo-da-cana (Sphenophorus levis) e cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata), nessa ordem de importância. Confira aqui uma matéria especial sobre o assunto.

“O manejo mais complexo é o da broca, pois começamos com armadilhas para pegar machos, em que o nível de controle é de dez machos por armadilha. Feito isso, determinamos a aplicação de inseticida e controle biológico. O monitoramento continua até um pouco antes da colheita”, relata Guilherme.

Para combater o bicudo-da-cana, a Agrodoce analisa as soqueiras logo após a colheita, tendo como nível de controle o percentual de 2,5% de tocos atacados, recorrendo ao controle químico. Para a cigarrinha, o monitoramento é feito a partir das primeiras chuvas de setembro ou do período quente, sendo associados para o controle métodos químicos e biológicos.

“Todos os monitoramentos são feitos a partir de plataforma específica da Strider. Abolimos as fichas de campo e os papéis, passamos a utilizar os tablets. Assim, ganhamos em agilidade e facilidade de enxergar onde estão os problemas de fato”, afirma o supervisor agrícola, que considera o investimento em tecnologia um dos passos mais certeiros rumo à produtividade. Leia mais.

Recursos humanos para alavancar a produção

Guilherme chama atenção para o fato de que os recursos humanos de um agronegócio são decisivos para a produtividade da lavoura, unindo conhecimentos teóricos e técnicos para o diagnóstico de problemas, implantação de ações e acompanhamento dos resultados. “Os membros da equipe são os olhos dos gestores no campo, são sensores. Se o sensor não estiver bem calibrado e treinado, pode ocorrer discrepâncias no monitoramento, seja de pragas ou plantas daninhas.

Assim, os dados coletados serão superestimados ou subestimados, e o que realmente está acontecendo no campo será uma incógnita”, nota. Por isso, ele acredita que treinamentos técnicos, palestras, reuniões e estabelecimento de manuais de identificação de pragas, doenças e ervas daninhas são essenciais para garantir bons resultados.

Com investimento em pessoas e em um sistema de monitoramento que fornece condições de precisão e agilidade nas ações estratégicas da Agrodoce, o canavial viu crescer sua produtividade. “Com a sinergia entre o sistema e a equipe, estamos alcançando surpreendente eficiência e rapidez na informação”, finaliza Guilherme.

Baldotto emenda defendendo que o agronegócio precisa seguir com seus já notáveis esforços de aprimoramento rumo à alta produtividade responsável. “Se há uma coisa concreta em nossa agropecuária, é que nunca ficamos parados. Somos dinâmicos, adaptamo-nos e progredimos. Aceitamos críticas, trabalhamos sobre elas e avançamos com novas tecnologias cada vez mais sustentáveis”, finaliza.

 

Fonte: http://pordentrodoagro.strider.ag/pilares-da-alta-produtividade-como-produzir-mais/#prettyPhoto / Por Bárbara Caldeira

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