Até 2050, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) prevê que a população mundial alcance 9,3 bilhões de pessoas. "Para alimentar essa população, a produção de alimentos deverá aumentar em 70%, sendo que a produção de cereais terá que atingir as três bilhões de toneladas por ano em relação aos 2,1 bilhões produzidos atualmente", destacou Alan Bojanic, representante da FAO, durante o 31° Congresso Nacional de Milho e Sorgo.
No caso do Brasil, Bojanic destacou que a produção de grãos deverá ultrapassar 222 milhões de toneladas até 2022. O representante da FAO apontou que o País terá vantagem competitiva na conjuntura mundial em decorrência das demandas por produtos como as carnes e os cereais e a importância crescente do mercado asiático e, potencialmente, do mercado africano. Segundo relatório de 2014 da OMC (Organização Mundial do Comércio), o Brasil ocupa a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de alimentos, atrás da Europa e Estados Unidos.
Entretanto, para alavancar sua produção agrícola, o Brasil precisa respeitar algumas metas sustentáveis. "O aquecimento global é o grande desafio que os países têm para produzir alimentos. Temos que nos preparar para contornarmos problemas sérios, como a erosão dos solos e a contaminação e o mal uso da água", disse. "Além do plantio direto, temos que pensar em práticas sustentáveis, a exemplo da ILPF, que promovam a preservação das nascentes e dos solos", disse Bojanic.
O representante ainda destacou outros pontos a serem analisados para aumentar a produção de alimentos no País, como a existência de políticas de longo prazo e compromissadas; apoio ao crescimento com inclusão social investimento em pesquisa e desenvolvimento e tecnologias sociais e políticas para grupos vulneráveis. "O Brasil apresenta boas experiências para serem compartilhadas. O grande desafio é produzir mais alimentos com menos recursos".
Fonte: http://www.uagro.com.br/editorias/agricultura/graos/2016/09/27/producao-de-alimentos-precisara-crescer-70-para-atender-demanda-mundial.html / DATAGRO / Foto: Uagro