(55) 3781-1711 contato@srsa.com.br
Faltam recursos para financiar as recomposições florestais, entre as quais Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reserva Legal (RL) nas propriedades rurais privadas, de acordo com o que estabelece o Código Florestal, aprovado em 2012. Este foi o diagnóstico de autoridades, executivos do agronegócio, dirigentes de ONGs, entre outros especialistas, reunidos na última semana, em São Paulo (SP), durante painel no Fórum Pacto Global, que debateu o papel da agricultura na implantação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como, por exemplo, o combate às mudanças climáticas.
 
De acordo com o secretário-adjunto de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Antônio Velloso, os compromissos assumidos pelo Brasil na Conferência do Clima em Paris, no ano passado, especialmente direcionados ao combate às mudanças climáticas passam necessariamente pelo setor do agronegócio. Segundo Velloso, exemplos são os esforços de reflorestamento e recuperação de pastagens degradadas que estão acontecendo nas fazendas, o avanço da produção de biocombustíveis, a expansão da adoção de boas práticas no campo, entre outras ações.
 
No entanto, principalmente no desafio da restauração florestal, o secretário-adjunto alertou que se trata de um processo caro e que os recursos são insuficientes para atender as metas estabelecidas no Código Florestal. “Há um problema claro de ‘funding’ nesta questão”, pontuou, acrescentando que até o estoque de mudas da Secretaria – destinadas à recomposição – se esgotou.
 
 
Consciência e esforço coletivo
 
Na avaliação de Velloso, será necessário um esforço coletivo, que envolva toda a sociedade, de auxílio ao produtor rural, tendo como pressuposto que a proteção/conservação ambiental promovida dentro das fazendas acarreta em benefícios para todos. Para o secretário-adjunto, a solução econômica terá que vir do setor privado, cabendo ao Poder Público criar estímulos para atrair, por exemplo, recursos internacionais – que existem – para financiar as iniciativas de recomposição florestal. Um “case” neste sentido foi o apresentado pela diretora de assuntos corporativos na Dow Brasil, Marilene Iamauti, no qual a empresa apoia a recuperação de pastagens degradadas de pecuaristas parceiros localizados na região do Vale do Araguaia (MT).
 
A diretora do World Resources Institute no País, Rachel Biderman, destacou que o Brasil tem a melhor tecnologia para agricultura de baixo carbono no mundo, mas que ganhos de escala passam necessariamente pela obtenção de mais recursos. “A produção cada vez mais focada em baixo carbono só avançará se houver sentido econômico.” Rachel mencionou os “impostos verdes” como política pública de incentivo à descarbonização das atividades. Citou como exemplo, o ICMS ecológico que já existe em alguns Estados, como, por exemplo, em São Paulo. 
 
No que diz respeito à problemática da falta de recursos para restauração florestal, lembrou da alternativa– dependendo da viabilidade técnica – da recomposição natural. Também presente ao evento, Juliana Lopes, diretora de sustentabilidade e comunicação do Grupo Amaggi, sublinhou que o “x da questão” é enxergar as oportunidades que a agricultura de baixo carbono tem a oferecer.
 
Fonte: http://www.uagro.com.br/editorias/agricultura/2016/11/16/faltam-recursos-para-recomposicao-florestal.html / Por DATAGRO / Foto: Unesp

Olá! Clique em um dos nossos representantes abaixo para ter atendimento online.

Atendimento Online pelo WhatsApp