Uma polêmica tomou as páginas do agronegócio nas últimas semanas. A discussão veio à tona após a escola de samba Imperatriz Leopoldinense divulgar o samba-enredo que será apresentado ao público em 2017, intitulado “Xingu o clamor que vem da floresta”.
Além da canção, algumas alas que vão compor o desfile na Sapucaí, provocaram algumas entidades do setor produtivo a se manifestarem. Leia o trecho que levantou a polêmica:
“O belo monstro rouba as terras dos seus filhos
Devora as matas e seca os rios
Tanta riqueza que a cobiça destruiu.”
Por meio de nota, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), repudiou o samba-enredo e disse que a agremiação mostra total despreparo e ignorância quanto à história brasileira e à realidade econômica e social do país.
“Antes de mais nada, é preciso esclarecer e reforçar que o país do samba é sustentado pela pecuária e pela agricultura. Chamados de “monstros” pela escola, nós, produtores rurais, respondemos por 20% do PIB Nacional e, historicamente, salvamos o Brasil em termos de geração de renda e empregos”, destacou a entidade.
A Imperatriz Leopoldinense, por sua vez, se defende, e diz que a intenção não é criticar o agronegócio. “O enredo é de exaltação aos povos indígenas sua luta pela sobrevivência e sua floresta”, disse, em entrevista ao Canal Rural, o carnavalesco da escola Cahê Rodrigues.
Sobre a fantasia que também gerou discussão, Rodrigues explicou que o objetivo é chamar a atenção para os profissionais que usam agrotóxicos de forma irresponsável.
Ouça o samba-enredo "Xingu o clamor que vem da floresta": http://ow.ly/oG5T307OVT5
Fonte: http://www.uagro.com.br/editorias/agricultura/2017/01/09/entidades-do-agronegocio-criticam-escola-de-samba.html / Por Uagro