Cerca de 40% da safra de soja 2016/17 esta a céu aberto em Mato Grosso. Foi o que destacou Mauro Osaki, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) durante participação em evento realizado em Cuiabá (MT). Durante sua apresentação, o especialista defendeu a ampliação da rede de armazéns privada para garantir melhor comercializar dos grãos.
"Ter ampliação da capacidade de armazenagem dá maior eficiência à colheita, permite melhor controle na recepção da carga nas empresas e cria oportunidade para vender a produção fora do pico da safra e ter melhor preço", diz Osaki.
No entanto, o especialista alerta que também há desvantagens em optar por investir em armazéns privados. "O sistema eleva o custo fixo da propriedade com bens e mão de obra e pode produzir obsolescência do produto provocado por perda de qualidade do grão estocado", analisa.
Ainda de acordo com ele, mais da metade da capacidade de armazenagem nos Estados Unidos (56%) está na mãos dos produtores. Em Mato Grosso, o percentual chega a 18%.
A baixa capacidade de armazenagem tem trazido prejuízos aos produtores do Estado. Segundo o pesquisador do Cepea, a soja vendida em Sinop chega a perder 30% do preço quando entregue no Porto de Paranaguá (PR). "O período de fevereiro a maio é o de maior pressão por causa da falta de armazéns", ressalta Osaki.
Fonte: http://www.uagro.com.br/editorias/agricultura/soja/2017/05/05/armazem-privado-e-opcao-para-produtor-de-soja.html / Uagro com informações da Aprosoja