Especialistas discutem os impactos da orientação técnica na qualidade do produto
Oferecer um produto de qualidade é o desejo de todo o pecuarista. Mas até que a carne chegue ao balcão frigorífico de supermercados e açougues, é preciso adotar uma série de boas práticas e cumprir exigências técnicas que viabilizem seu objetivo.
Além de preocupar-se com a genética, dos primeiros dias de vida do gado até o seu abate o produtor terá de administrar questões como ganho de peso e sanidade, por exemplo. Por isso a orientação técnica torna-se vital para garantir a qualidade da carne.
E esse será o tema da live que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) realizará na próxima terça-feira (3): Os impactos da orientação técnica na qualidade da carne.
Pedro Faraco Rodrigues, técnico da Formação Profissional Rural do Senar-RS, será o medidador do evento que ainda terá a participação da pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, Bruna Sollero; do zootecnista, veterinário e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Leonir Pascoal; do médico veterinário Rafael Renner, da Doble Erre Assessoria; e de Rodrigo Azambuja, médico veterinário da Unitec.
A live sobre qualidade da carne será exibida na terça, a partir das 19h30, no canal do Senar no YouTube.
Encontro serviu para discutir troca de experiência e parceria
O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, recebeu a visita do Conselheiro e representante de assuntos comerciais da Embaixada da Tunísia, Sr. Amine Sayeb. O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, também esteve presente.
Entre os assuntos discutidos no encontro estava a possibilidade de negócios entre o Rio Grande do Sul e o país, além da troca de experiências em culturas como do trigo e oliveiras.
O Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) mantém o movimento de alta em setembro, mesmo com uma redução na taxa de câmbio durante o último mês. O indicador registrou elevação de 1,48% em relação a agosto. O principal motivo foi o aumento de tributos de comercialização. No acumulado do ano, o IICP chegou a 7,36% em sete meses, bem acima do IPCA que ficou em 1,34% no mesmo período. Os dados foram divulgados pela Farsul nesta quarta-feira (21/10).
O resultado até setembro é influenciado pela valorização média da taxa cambial que impacta diretamente no custo dos insumos, em sua maioria importados. O resultado só não foi maior em razão da queda no preço do petróleo no primeiro trimestre do ano. No acumulado em 12 meses, o IIPC chegou a 7,67%, contra 3,14% do IPCA. Como a tendência é de que o preço do petróleo siga a trajetória de valorização e a taxa cambial continue alta, os produtores devem ficar atentos aos custos da safra que se inicia, que devem manter movimento de aceleração.
Os preços recebidos pelos produtores também mantêm a sequência de aumento. O índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) em setembro aumentou 14,81% em relação ao mês anterior. O resultado é consequência da alta taxa cambial, somada a menor oferta e aquecimento de demanda interna de alimentos.
No acumulado em 12 meses, o crescimento do IIPR segue em uma aceleração bem acima do IPCA Alimentos, ficando em 78,84% e 11,79%, respectivamente. Reflexo da variação cambial em patamares históricos que contribuiu na valorização dos produtos agrícolas do primeiro. Já a baixa atividade econômica afeta muitos dos produtos que compõe a cesta do segundo.
Medida da Anvisa já foi publicada no Diário Oficial
Quinta-feira , 08 de Outubro de 2020 11:05
Foi publicada no Diário Oficial, nesta quinta-feira (8/10), Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 428, da Anvisa, que autoriza a prorrogação do prazo para uso dos estoques remanescentes de produtos a base da molécula Paraquate em posse dos agricultores para a safra 2020/2021. A decisão atende a uma solicitação feita pela CNA e demais entidades do setor e da Frente Parlamentar Agropecuária.
A Resolução altera a RDC 177/2017 e traz a definição dos novos prazos para a utilização dos estoques na safra 2020/2021. As datas levam em consideração os calendários regionais de cada uma das culturas que possuem registro de utilização do ingrediente ativo.
As lavouras da região sul que podem utilizar produtos a base de Paraquate e as datas limites são: maçã (31 de outubro de 2020); cana de açúcar (30 de abril de 2021); soja (31 de maio de 2021); algodão (28 de fevereiro de 2021); feijão, milho, batata e citrus (31 de março); café (31 de julho de 2021).
Outra mudança diz respeito ao recolhimento dos estoques dos produtos em embalagens de volume igual ou superior a cinco litros. As empresas titulares do registro desses produtos deverão recolher os estoques existentes em poder dos agricultores até 30 dias após o fim do prazo final estipulado.
A Comissão do Meio Ambiente da Farsul destaca que o banimento do ingrediente não foi suspensa, sendo assim, a industrialização e comercialização seguem proibidas.
Foi publicada, no Diário Oficial do Estado, edição de 8 de outubro de 2020 (quinta-feira), a Portaria Conjunta Sema-Fepam nº 28/2020, que estabelece os procedimentos administrativos para a autorização de uso de áreas convertidas em imóveis rurais no Bioma Pampa. A medida é válida para os locais onde houve manejo de vegetação nativa, após 22 de julho de 2008, sem autorização do órgão ambiental.
A solicitação deverá ser feita por meio do Sistema Online de Licenciamento (SOL), no ramo de atividade 10740,00 – Supressão de Vegetação Nativa no Bioma Pampa para Uso Alternativo do Solo em Zona Rural. Para dar encaminhamento à solicitação, é necessário que o imóvel rural esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e sua declaração atenda os dispositivos dos artigos 12 e 15 do Código Florestal Federal (Lei Federal nº 12.651/2012). Quando necessário, o produtor ou possuidor do imóvel deverá aderir ao Programa de Regularização Ambiental.
Na inscrição do CAR deverão ser declaradas, minimamente, as classes de cobertura do solo baseados na realidade da área preexistente antes de 22 de julho de 2008 e os recursos hídricos de acordo com as bases cartográficas oficiais. Atendidos os dispositivos, o produtor receberá a Autorização para Uso de Área Convertida. No caso de existência de danos em Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reservas Legais (RL) ocorridos após 22 de julho de 2008, deverá ser apresentado projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), também por meio do SOL.
A Comissão do Meio Ambiente da Farsul lembra aos produtores que a autorização não isenta das medidas administrativas e penalidades previstas em lei. A Federação também destaca que a Portaria tem validade de 24 meses.