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Farsul participa de encontro virtual que esclarece desafios jurídicos da Nova Lei do Agro

Farsul participa de encontro virtual que esclarece desafios jurídicos da Nova Lei do Agro

Possibilidade de dar parte do patrimônio em garantia e rapidez da execução em caso de inadimplência são novidades que demandam atenção dos produtores

A Lei 13.986/20, conhecida nova Lei do Agro, que amplia o financiamento do agronegócio ao reforçar o rol de garantias ao credor traz uma série de desafios jurídicos. Este foi o tema do webinar A Nova Lei do Agro e Resolução de Conflitos, promovido pela Comissão de Assuntos Jurídicos da Farsul em parceria com a Câmara de Mediação e Arbitragem (Camarb), do qual participaram o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz , e o consultor jurídico da Farsul Frederico Buss, além de advogados especializados no setor.

Buss lembra que uma das inovações da lei, convertida a partir da MP 897/19, é a criação da Cédula Imobiliária Rural, que tem parte do imóvel como garantia. Sendo assim, o imóvel pode ser dividido em lotes e apenas uma parte proporcional à dívida é comprometida e não o imóvel na sua integralidade. No entanto, o novo mecanismo permite que, em caso de não pagamento, o credor tome o imóvel sem precisar recorrer ao judiciário: “É um bom instrumento para o produtor que consegue se planejar, que tem um nível baixo de endividamento. Para quem já tem muitas dívidas, é preciso ficar atento, pois o produtor pode perder o seu patrimônio rapidamente”, esclarece.

Antônio da Luz analisa que a ampliação das garantias traz mais segurança aos credores e tem como consequência esperada a queda nos juros ao produtor, além de permitir a entrada de novas fontes de recursos através da possibilidade de captação em moeda estrangeira. A volatilidade cambial, no entanto, demanda cautela e uma boa assessoria para quem decidir por essa modalidade, alerta o economista.

No encontro foram discutidas ainda as possibilidades do uso da arbitragem na resolução das disputas, com a vantagem da rapidez e do sigilo que caracterizam esse mecanismo, conforme esclareceu a advogada Eliana Baraldi. Para evitar problemas futuros, a advogada Suzana Cremasco sugere que os contratos contem com uma cláusula que estipule como se daria a solução de conflitos, a fim de ampliar a segurança jurídica no uso dos novos mecanismos de financiamento. O encontro contou ainda com o advogado Francisco de Godoy Bueno, que esclareceu a questão do patrimônio rural de afetação, e foi moderado por Thiago Marinho Nunes, da Camarb.

Desburocratização de crédito, compras governamentais e reabertura de floriculturas podem amenizar impactos da crise para o produtor rural

Desburocratização de crédito, compras governamentais e reabertura de floriculturas podem amenizar impactos da crise para o produtor rural

Brasília (01/05/2020) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) conseguiu nesta semana, junto ao Governo Federal, medidas importantes para desburocratização do crédito, recursos para compras governamentais, além da recomendação da reabertura de floriculturas e garden centers para o Dia das Mães para ajudar os produtores rurais nesse período de crise causada pela pandemia do Covid-19.

As informações estão no boletim semanal da CNA, que contempla o período de 27 a 30 de abril. Na parte de comércio internacional, a publicação relata as medidas tomadas pelos países árabes, China, Estados Unidos, União Europeia e Argentina e os possíveis impactos para o agro brasileiro.

Medidas trabalhadas para reduzir os impactos da crise no Covid-19 no agro

Foram publicadas essa semana as resoluções nº: 4.807 e 4.810, do Conselho Monetário Nacional (CNM). A primeira explicitou que o novo crédito de custeio pode ser destinado à aquisição antecipada de insumos e permitiu que outras fontes não equalizáveis (livres) também sejam utilizadas para a concessão do novo crédito para produtores do Pronaf e Pronamp. No entanto, não houve alteração para que a mesma taxa de juros seja garantida ao produtor nas prorrogações. Como temos relatado, muito produtores estão prorrogando com taxas maiores ou as instituições financeiras têm se recursado a prorrogar.

Já a resolução n º 4.810 do CMN trouxe importantes medidas de caráter emergencial para os procedimentos relacionados à concessão do crédito, atendendo muitas das demandas que a CNA encaminhou ao governo no final do mês de março. Por exemplo, prorrogar a apresentação de comprovantes de compra de insumos, pagamento de mão-de-obra ou aquisição máquinas para 31 de julho. No caso do crédito para bovinocultura, permite a liberação do crédito para posterior apresentação da Guia de Trânsito Animal (GTA) e a ficha sanitária para até o dia 31 de julho. E permite ainda renovação simplificada de custeios agrícolas e pecuários.

Na semana também tivemos a publicação da Media Provisória nº 958, que visa facilitar o acesso ao crédito a todos os setores da economia em função da pandemia do novo coronavírus. A CNA apresentou emendas com o intuito de desburocratizar o crédito rural, tornando sua liberação mais ágil e menos custosa. De forma geral, as propostas abrangem medidas contra a venda casada, ajustes de prazos da validade da MP e a redução das taxas cobradas pelos bancos sobre financiamentos e empréstimos. Se acatadas, devem beneficiar produtores rurais de todos os setores.

Mais um avanço desta semana foi a publicação da Medida Provisória nº 957/2020, que libera mais R$ 500 milhões para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A medida, que contou com a atuação da CNA, irá ampliar as compras governamentais, permitindo a comercialização de alimentos por parte de empreendedores familiares rurais afetados pelo fechamento de canais tradicionais de comercialização.

A CNA também propôs emenda a essa MP para assegurar que a alocação dos recursos dentre as modalidades do PAA atenda a necessidade dos produtores.

Flores e plantas ornamentais

A retomada gradual do comércio e das feiras de flores da Ceagesp tem permitido a recuperação das vendas pelo setor, mesmo que ainda de forma não muito expressiva.

Conforme demanda dos produtores, o Governo do Estado de São Paulo, em nota técnica enviada ao Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), autorizou o funcionamento de floriculturas e garden centers, já que esses estabelecimentos possuem Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) que os enquadram como atividades essenciais, conforme Decreto 64.864/2020 do Governo do Estado de São Paulo.

A CNA encaminhou ofício ao Ministério da Agricultura solicitando a abertura de floriculturas e garden centers, mesmo que em caráter temporário, em todos os estados brasileiros na semana que antecede o Dia das Mães. O Comitê de Crise sinalizou que concorda com o pleito e encaminhou documento para que o setor mobilize estados e municípios para a abertura dos estabelecimentos.

Agora, os produtores esperam a retomada imediata das vendas para o Dia das Mães nesses estabelecimentos. A data é a mais importante, economicamente, para o setor.

Frutas e hortaliças

Produtores de folhosas, tomates e cogumelos ainda se encontram entre os mais atingidos pela crise pela perecibilidade dos produtos e pela redução drástica dos preços.

Já a batata, a cebola e o alho têm sustentado os preços pelas condições climáticas nas regiões produtoras. O déficit hídrico na região Sul diminuiu a oferta de batata e cebola. Com isso, ainda que a demanda esteja limitada, o preço médio tem se sustentado nos padrões normais da época. Na região Nordeste, o excesso de chuva tem limitado a oferta de cebola, principalmente na região de Irecê/BA, e sustentado os preços no curto prazo.

No caso das frutas, mesmo com a redução da colheita e oferta cadenciada, observa-se uma desvalorização dos preços em decorrência da demanda ainda restrita.

A preocupação dos produtores de frutas é com o segundo semestre do ano, período em que as exportações são mais representativas. A manutenção das medidas de isolamento pode resultar em alteração do comportamento do mercado, caso seja necessário o direcionamento de produtos de exportação para o mercado interno.

Commodities agrícolas

No setor sucroenergético, o preço do etanol continua em baixa acompanhando o petróleo no mercado internacional. A ausência de capital de giro e a dificuldade de obtenção de crédito têm obrigado algumas usinas a comercializarem a produção, contribuindo para a pressão de baixa. A expectativa do mix mais açucareiro para essa safra, atrelada à valorização do dólar, tem pressionado os preços do açúcar. As consequências já estão sendo refletidas no preço do ATR definidos no Consecana, com impacto no preço pago aos fornecedores.

Até o fechamento desse boletim, nenhum auxílio ao setor havia sido publicado, em que pese a expectativa de que se fizesse nos próximos dias.

Enquanto isso, produtores de soja e milho têm relatado que alguns compradores estão prolongando o prazo de pagamento, o que causa maior insegurança para a comercialização.

Lácteos

Enquanto no Rio Grande do Sul e Paraná foram registradas valorizações de 9,79% e 6,76%, respectivamente, o preço do leite produzido em abril e pago ao produtor em maio (Conseleite), em Minas Gerais deve ter queda de R$ 0,10 a R$ 0,20 por litro para os próximos dias.

A alocação de R$ 130 milhões pelo Governo Federal para a modalidade PAA Leite auxiliará na manutenção da captação de leite de produtores familiares, principalmente da região Nordeste.

Boi gordo

O setor anseia pelo aumento das exportações de carne brasileira após a habilitação, pelo Peru, de novas plantas frigoríficas do Brasil e o fechamento de plantas frigoríficas e diminuição do confinamento de animais nos Estados Unidos.

No mercado interno, o preço da @ no mercado interno segue estável, próximo a R$ 199.

No Mato Grosso, a possível retirada do ICMS para o trânsito interestadual de animais deve favorecer a comercialização para abate. Já no Mato Grosso do Sul, os produtores estão preocupados com o cenário hídrico na região de divisa com o Paraguai, que está afetando o abastecimento de água para os bovinos e a produção de milho.

Aves e Suínos

No mercado interno, produtores de pinto de um dia estão diminuindo sua produção para se adequar à demanda. Para os produtores de suínos, o preço da carcaça suína nas principais praças independentes voltou a cair esta semana e acumulam queda próxima a 30% no mês.

Enquanto isso, produtores integrados de suíno e frango estão otimistas com a oportunidade de aumento de demanda internacional dos produtos brasileiros após o registro de novos surtos de Peste Suína Clássica na China e de Influenza Aviária na Ásia, além do fechamento de plantas de abate nos Estados Unidos. Enquanto a demanda interna está mais restrita, as exportações surgem como alternativa para escoamento da produção.

Aquicultura

O setor relata que a expectativa de reabertura do comércio em algumas cidades já refletiu no aumento da negociação de peixe fresco esta semana na Ceagesp.

Comércio internacional

Mercados selecionados

Países árabes

– A Autoridade Árabe para Investimentos e Desenvolvimento em Agricultura (AAAID) expressou seu interesse em manter contato com parceiros no setor agrícola interessados em cooperar com a manutenção da segurança alimentar dos países árabes;

– Entre as commodities de interesse dos países árabes sinalizadas pela AAAID estão: trigo, arroz, milho, batatas, óleos vegetais (refinados ou não), açúcar, carne vermelha, laticínios e seus derivados, frutas (laranja, maçã e banana), legumes (cebolas, tomates), carne de aves, ovos, carnes de pescado e forragem.

China

– Carnes e commodities como minério de ferro, petróleo bruto e carvão foram as mercadorias mais importadas pela China no 1º trimestre de 2020. Além disso, as importações de soja aumentaram 6,2% no trimestre.

Argentina

– O presidente da Argentina, Alberto Fernandéz, comunicou que o país não participará mais das negociações de acordos comercias do Mercosul. O anúncio aconteceu durante videoconferência dos coordenadores nacionais do Grupo Mercado, na tarde da última sexta-feira (24). O bloco negocia acordos com Canadá, Coreia do Sul, Singapura, Líbano e Índia. A decisão não vale para os tratados já concluídos com a União Europeia e com A Associação Europeia de Livre Comércio (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein).

Estados Unidos

– A JBS-EUA paralisou as atividades do frigorífico de bovinos na cidade de Green Bay (Wisconsin). O motivo é a disseminação do coronavírus na região. Essa é a quarta planta da JBS que fecha as portas devido à pandemia nos Estados Unidos. Duas unidades já voltaram às operações.

União Europeia

– A Comissão Europeia flexibilizou as regras de empréstimos bancários para pessoas físicas e empresas do bloco. A medida faz parte do pacote de Bruxelas para reduzir os impactos da Covid-19 na economia da zona do euro. A expectativa é que esse novo anúncio injete mais 450 bilhões de euros no sistema bancário do bloco.

OMC

– Segue abaixo a atualização das medidas sobre o comércio agrícola internacional adotadas em razão da pandemia de Covid-19, notificadas à OMC ou compiladas pelo Secretariado da OMC até 16 de abril:

I. Restrições temporárias às exportações por Belarus nas linhas tarifárias 1008.10.00(trigo-sarraceno), 1103.19.90 (grãos e sêmolas de cereais que não trigo, milho, arroz, aveia, cevada ou centeio), 1104.29.30 (cereais descascados, exceto arroz), 1904.90.80 (grãos de cereais, cozidos ou preparados de outro modo, exceto trigo, milho, arroz, aveia, cevada ou centeio), 0703.10.11 (cebolas frescas), 0703.10.19 (cebolas frescas) e 0703.20.00 (alho fresco);

II. Eliminação temporária de tarifas de importação pela Colômbia nas linhas tarifárias 1005.90.11 (milho), 1007.90.00 (sorgo), 1201.90.00 (soja em grão) e 2304.00.00 (farelo de soja);

III. Eliminação de impostos sobre o consumo e VAT de uma série de produtos, inclusive álcool, por Fiji;

IV. Eliminação temporária (que se tornará permanente após a pandemia) de impostos de importação para produtos dos capítulos 19 e 21 pela Nova Zelândia;

V. Eliminação temporária de tarifas de importação pelo Zimbábue nas linhas tarifárias 2207.10.90 (etanol) e 2208.90.99 (etanol).

– A Argentina eliminou tarifas de importação extrazona para a linha tarifária 2207.10.10 (álcool etílico não desnaturado, com um teor alcoólico, em volume, igual ou superior a 80% vol., com um teor de água ou inferior a 1% vol.);

– A Colômbia anunciou a eliminação de tarifas de importação, por seis meses, a partir de 22 de março de 2020, para a linha tarifária 2106907900. O Brasil exportou para a Colômbia em 2019 US$ 79,8 milhões na subposição 210690 “outras preparações alimentícias” (5,8 mil toneladas), sendo US$ 3,8 milhões na NCM 21069090 “outras preparações alimentícias” (1,4 mil toneladas);

– A Colômbia também eliminou, até 30 de junho de 2020, as tarifas de importação para a linha tarifária 1005.90.11 (milho, exceto para semeadura);

– O Paraguai prorrogou o prazo de vigência de medida de redução temporária de tarifa de importação extrazona, até 30 de junho de 2020, para as NCMs 1805.00.00(Cacau em pó́, sem adição de açúcar ou outros edulcorantes), 2005.20.00 (Batatas, preparados ou conservados, exceto em vinagre ou em ácido acético, não congelados) e 2204.21.00 (Outros vinhos, mostos de uvas, fermentados, impedidos álcool, em recipientes de capacidade não superior a 2 litros);

– O Reino Unido eliminou temporariamente tarifas de importação para a linha tarifária 2207100090 (álcool etílico não desnaturado com volume de teor alcoólico igual ou maior que 80%);

– O Instituto Internacional de Pesquisas sobre Políticas Alimentares registrou que ao menos treze países têm mantido medidas de restrições vinculantes às exportações em razão da pandemia de Covid-19: Armênia, Belarus, Camboja, Cazaquistão, Egito, Honduras, República Quirguiz, Rússia, Sérvia, Síria, Tailândia, Turquia, Ucrânia e Vietnã.

Banco Mundial

– A Organização Internacional estimou que os impactos econômicos da Covid-19 devem resultar no ingresso de 40 a 60 milhões de pessoas no grupo de extrema pobreza da população mundial (renda diária menor a US$ 1). A África Subsaariana será a região mais afetada.

Fonte: CNA Brasil

Apesar de indicar alta no preço do leite, Conseleite-RS prevê retração futura

Apesar de indicar alta no preço do leite, Conseleite-RS prevê retração futura

Valor referência projetado para o mês de abril é de R$ 1,3541

Os primeiros dez dias do mês de abril apontam uma alta de 9,79% no preço do litro do leite. Os dados foram apresentados em reunião, por videoconferência, do Conseleite-RS nesta terça-feira (28/4). O valor de referência projetado é de R$ 1,3541, ante o R$ 1,2333 consolidado de março. O setor está apreensivo em meio à pandemia de coronavírus que gerou redução no consumo do produto. O presidente do Conseleite-RS e assessor da Presidência da Farsul, Rodrigo Rizzo, comenta que a recomposição de preço na entressafra era um movimento esperado pela queda de lactação e pelo impacto da seca que atingiu a maior parte dos municípios gaúchos.

Rizzo lembra que o período também marca um aquecimento do consumo pela formação de estoques pelas famílias, mas que essa elevação ainda não refletiu em ganhos no campo. “Os animais estão produzindo menos, o dólar está em alta, as cotações da soja e do milho tiveram valores elevados, assim como insumos e medicamentos. E, ao abrir os silos para alimentar os animais, verificamos que a qualidade da silagem estocada está ruim”, pontuou. Segundo ele, a grave seca que atinge o RS coloca a produção leiteira em situação diferenciada em relação ao restante do país e segue trazendo fortes impactos no dia a dia e na rentabilidade do produtor.

Representando as indústrias, o vice-presidente do Conselho e presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, alertou que as vendas despencaram e os preços já retornaram a patamares anteriores à Covid-19. “As pessoas foram às compras e adquiriram, em um curto período de tempo, produtos para várias semanas. O que vimos agora é uma queda forte tanto no varejo tradicional quanto no food service, setor mais impactado pelo isolamento social com o fechamento de bares, hotéis e restaurantes. As incertezas são grandes e não saberemos como será o amanhã. O momento é de muita cautela”, ponderou. Guerra ressaltou que o Conseleite-RS avalia apenas os primeiros dez dias do mês, e o mercado é regido por todo um mix durante 30 dias. “No próximo levantamento, veremos provavelmente o reflexo da queda de consumo nos preços, o que já é realidade na produção hoje”.

O coordenador da Comissão do Leite e Derivados da Farsul, Leonel Fonseca, demonstra preocupação com o futuro em decorrência de problemas que já vem de longo tempo. “O produtor vem acumulando aumento nos custos de produção ao longo dos anos que não são refletidos nos valores recebidos. Se somos uma cadeia, precisamos trabalhar como uma nas horas boas e ruins, não se pode sobrecarregar apenas um elo”, comenta. “Sabemos que teremos uma crise ali na frente, mas já estamos enfrentando a nossa, agravando um cenário que já existia e havia piorado com a seca”, conclui apresentando resultado de levantamento realizado pela Emater-RS que aponta que somente na Zona do Sul do Estado a quebra no período de fevereiro a março na produção de leite foi de 41,3%, equivalente a R$ 6,67 milhões (preço médio de R$ 1,18/litro).

Durante a reunião, foi definido que o Conseleite-RS remeterá ofícios aos governos estadual e federal com reivindicações do setor lácteo. Ao secretário da Agricultura, Covatti Filho, o colegiado requer ações de enfrentamento da seca no Rio Grande do Sul com apoio financeiro e aquisição pública de alimentos. Para a União, a urgência é em relação à liberação de PIS Cofins às indústrias e agilidade na operacionalização dos recursos anunciados.

Farsul participa de webinar sobre temas jurídicos

Farsul participa de webinar sobre temas jurídicos

A Farsul, em uma nova parceria com a Câmara de Mediação e Arbitragem Empresarial (Camarb), participará do “Webinar Camarb Debate” com o tema A Nova Lei do Agro e Resolução de Conflitos, que acontecerá no dia 30 de abril, às 10 horas. A atividade faz parte de uma série de eventos que a Comissão de Assuntos Jurídicos da Farsul vem promovendo e participando com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre a legislação da área rural e a promoção da mediação e arbitragem.
O assessor jurídico da Farsul, Frederico Buss, e o economista-chefe da Federação, Antônio da Luz, estão na relação dos palestrantes que também conta com a participação de Eliana Baraldi, Francisco de Godoy Bueno e Suzana Cremasco. A moderação fica com Thiago Marinho Nunes. As inscrições podem ser feitas pelo site Sympla, neste link.

Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais registra alta de 5,71% em março

Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais registra alta de 5,71% em março

Resultado está ligado aos impactos da pandemia no mercado

O Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) fechou o mês de março com alta de 5,71%, conforme relatório divulgado pela Farsul nesta terça-feira, dia 28. O resultado é reflexo do aumento dos preços de quase todos os produtos que compõem o indicador, especialmente soja e milho. Com isso, o acumulado em 12 meses registra uma valorização de 21,08%, a maior da série histórica do índice.
Dois fatores foram importantes no resultado e estão relacionados com a pandemia causada pelo coronavírus. O primeiro foi a variação cambial, juntamente com o preço dos produtos no mercado internacional, especialmente das commodities. No mercado interno, a corrida aos supermercados para formação de estoques em decorrência do pânico inicial gerado pelo Covid-19, gerou uma antecipação da demanda que não refletiu apenas no IIPR, mas também no IPCA Alimentos que acumula 4,87% em 12 meses.
A alta taxa de câmbio também influenciou nos custos de produção, como aponta o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP), do último mês, que registrou 0,84%. Esta é a primeira valorização do indicador no ano. A alta só não foi maior em consequência da queda no preço do petróleo. No acumulado em 12 meses, o IICP teve alta de 1,56%, refletindo a variação cambial no período. O aumento dos custos só não foi maior em virtude da grande oferta de fertilizantes em 2019 que permitiu a desvalorização do insumo no final do ano passado.

Confira Relatório dos Índices de Inflação do Agronegócio do RS na íntegra.

CNA debate propostas para o Plano Agrícola e Pecuário 2020/2021

CNA debate propostas para o Plano Agrícola e Pecuário 2020/2021

A Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu na quinta (23), por videoconferência, para debater propostas do setor para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2020/2021.

O principal tema levantado na discussão foi a redução da taxa de juros. O vice-presidente da CNA e presidente da Comissão, deputado José Mário Schreiner, afirmou que as taxas praticadas atualmente no crédito rural são muito elevadas e não acompanharam a tendência de queda da Selic e do crédito em outros setores.

“A redução da taxa de juros e dos custos acessórios na contratação do crédito será a bandeira do setor agropecuário na discussão do Plano Safra”.

No encontro, o vice-presidente da Comissão e economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, apresentou um estudo da CNA que traz os principais números do crédito rural, a variação das taxas de juros de custeio e comercialização e alguns possíveis cenários para 2021.

“O que observamos é que cada vez menos produtores conseguem acessar o crédito rural. De 2007/2008 até 2019/2020, houve uma redução de 560 mil contratos. Porém, enquanto o número de contratos cai, o valor médio do ticket sobe”.

Um dos destaques do estudo é a análise dos custos administrativos e tributários das instituições financeiras. Esses custos são acrescidos à taxa de juros paga pelo produtor rural para remunerar as instituições financeiras. Antônio explicou que a soma da taxa de juros paga pelo produtor e pelo Tesouro Nacional a essas instituições aumentou consideravelmente nos últimos anos.

“Quando comparamos os números percebemos que eles não condizem com a realidade do produtor rural brasileiro. Esses dados servem de alerta para mostrar que há um exagero na cobrança dos juros do crédito rural”, destacou.

Outro assunto debatido na reunião foi o combate à venda casada na contratação de crédito e outros serviços financeiros. O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, reforçou a importância da campanha da entidade “Nada além do que preciso” para proteger os produtores rurais de práticas abusivas de instituições financeiras.

“Precisamos orientar cada vez mais os produtores para que eles tenham acesso a todas as informações necessárias sobre seus direitos na contratação de serviços e continuem denunciando essas práticas abusivas”, disse Bruno. A denúncia pode ser feita pelo endereço www.consumidor.gov.br ou pelo telefone 151 (Procon). Para reclamação anônima, a CNA criou uma plataforma de denúncia.

Durante o encontro virtual, a assessora técnica da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, Fernanda Schwantes, falou sobre a Lei 13.986/202 (MP do Agro).

Ela destacou que “a Lei não revoga os instrumentos e modelos de financiamento rural tradicionais, previstos em leis anteriores e que produtor rural já está acostumado. A nova legislação foi elaborada e aprovada para ampliar o elenco dos mecanismos, ferramentas e alternativas de financiamentos e de garantias à disposição do produtor com objetivo final de obter crédito a um custo cada vez menor”.

A assessora técnica também apresentou as ações da CNA para viabilizar a adesão das instituições financeiras às condições de composição de dívidas previstas pela Resolução 4.755 do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Farsul – Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul

Farsul – Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul

Diante das medidas protetivas adotadas ao redor do mundo para conter a pandemia do Covid-19, a Farsul permanecerá auxiliando o produtor. Para isso, compilamos algumas informações com o objetivo de mantê-los informados dos impactos do cenário mundial no setor agrícola. Iremos atualizar e divulgar semanalmente esses dados.
(3ª Semana)

Farsul apresenta, em entrevista coletiva virtual, proposta de operações estruturadas de crédito encaminhada ao BNDES

Farsul apresenta, em entrevista coletiva virtual, proposta de operações estruturadas de crédito encaminhada ao BNDES

Sugestão visa adaptar mecanismo existente no mercado para renegociação de dívidas de produtores rurais

A Farsul, juntamente com Fetag-RS, Fecoagro-RS, Cotrijal, Aprosoja-RS, Federarroz, Febrac, Agapomi, Sindag, Acergs e Abraleite, apresentou ao BNDES uma alternativa para facilitar e agilizar a renegociação de dívidas dos produtores rurais atingidos pela estiagem que contraíram débitos em instituições que não fazem parte do sistema bancário. A proposta foi detalhada em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, realizada de forma remota em aplicativo de teleconferência, em cumprimento às normas implementadas no Sistema Farsul para prevenção da Covid-19. A estratégia permitiu que os jornalistas interagissem durante a apresentação mantendo o home-office, conforme orientação das empresas jornalísticas.

A solução apresentada pela Farsul se refere a operações estruturadas de crédito e prevê a criação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), por parte do BNDES, para que o Banco compre os CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) que foram originados por empresas como revendedoras de insumos, cooperativas, cerealistas e tradings, lastreadas pelas Cédulas de Produto Rural (CPR). Essa operação é normalmente realizada através de investidores privados, no entanto, se for viabilizada pelo BNDES dará mais agilidade ao processo e reduzirá o juro destas operações, afirma o economista chefe da Farsul, Antonio da Luz.

De acordo com Da Luz, a ideia é transpor, para o agronegócio, um modelo que já funciona para a área de energia e infraestrutura, principais beneficiárias do modelo de FIDC. A ideia é que os produtores rurais, uma vez impedidos de cumprirem os prazos acertados para o pagamento de dívidas, procurem as empresas com as quais contraíram débito para propor que estas acessem diretamente o BNDES juntando diversos títulos, já que quanto maior o volume, mais atrativa esta operação se torna para o Banco. O BNDES, neste caso, se comporta como um investidor sênior, conferindo liquidez às cédulas.

O potencial deste mercado é amplo. Só em 2019, foram realizadas emissões no valor de R$ 15,1 bilhão, predominantemente na forma de CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio). A proposta teve boa receptividade por parte do BNDES, do Ministério da Economia e Ministério da Agricultura, que pode transpor o modelo também para instituições bancárias, ampliando assim o espectro da operação. A apresentação que detalha a proposta pode ser acessada neste link.

Dia da Educação

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Hoje é dia de celebrarmos a importância da educação, seja escolar, social ou familiar. Educar não é somente instruir é preparar para vida, possibilita a mudança, a formação e a evolução.

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