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Solo salinizado: saiba como recuperar

Solo salinizado: saiba como recuperar

Muito comum no semiárido brasileiro, sobretudo na região Nordeste, a salinização do solo prejudica a germinação, densidade e desenvolvimento vegetativo das culturas, reduz produtividade e, nos casos mais graves, pode levar à morte das plantas. O processo ocorre em regiões mais secas, de baixa precipitação pluviométrica ou que possuem lençol freático próximo da superfície. No Estado de Alagoas, relatos de horticultores que recebem assistência técnica do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –, por meio do programa Agronordeste, se multiplicam.

O primeiro passo para recuperar as propriedades do solo é a adoção de práticas de irrigação e drenagem adequadas. “Também podem ser utilizados condicionadores físico-químicos, que são matéria orgânica e resinas; os químicos, a exemplo do gesso agrícola, e os biológicos, como as plantas halófitas, que conseguem se adaptar às condições mais salinas. Além disso, é necessário fazer uma seleção muito criteriosa das espécies de cultivares, pois elas têm que ser mais tolerantes aos sais e rentáveis”, orienta Luana Torres, coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG – do Senar Alagoas.

A salinização ocorre quando a concentração de sais solúveis no solo se eleva ao ponto de prejudicar o rendimento econômico das culturas. Geralmente está relacionada a processos inadequados de irrigação. “Cerca de 20% a 30% das áreas irrigadas nas regiões áridas necessitam de uma drenagem subterrânea para manter a produtividade. Quando isso é feito de maneira imprópria, eleva os níveis de sais no solo. Por outro lado, quanto mais eficiente for o sistema de irrigação, menores serão a lâmina de água aplicada, a quantidade de sal conduzida para o solo, o volume de água percolada e drenada”, explica Luana.

O manejo inadequado do solo e o uso indiscriminado de fertilizantes também podem provocar a salinização. O processo causa um efeito indireto, porém, adverso no crescimento das plantas e a destruição do solo, que fica compactado. “Isso ocorre com a dispersão das partículas de argila, causada pela substituição dos íons de cálcio e magnésio, presentes no complexo de troca, pelo sódio. Isso aumenta muito a sodicidade do solo”, comenta a coordenadora de ATeG do Senar Alagoas.

A salinização também reflete diretamente no equilíbrio do ecossistema, provoca perdas na biodiversidade local ao tornar o solo impróprio para o uso e diminui as áreas de produção agrícola.

Por: Ascom Senar Alagoas

Farsul orienta produtores sobre devoluções relativas ao Plano Collor

Farsul orienta produtores sobre devoluções relativas ao Plano Collor

Contratos de crédito rural com pagamento a maior tem direito à restituição

Produtores rurais, pessoas físicas ou jurídicas, com contratos de crédito rural anteriores a março de 1990 e quitados após essa data, com correção pela caderneta de poupança, terão direito à restituição dos valores pagos a maior. A decisão, de abrangência nacional, do Superior Tribunal de Justiça, teve acórdão publicado em 15 de maio último e é resultado do julgamento de recurso apresentado pelo Banco do Brasil na Ação Pública que discute a devolução de valores relativos ao Plano Collor nos financiamentos rurais.
Todos os produtores enquadrados nesta situação, inclusive com contratos quitados, renegociados ou ainda devedores ao banco, podem entrar com medida judicial individual contra o Banco do Brasil e/ou União. Conforme orientação do diretor Jurídico da Farsul, Nestor Hein, é preciso que, na ação, o produtor anexe cópia da cédula rural, de preferência com todos os demonstrativos de pagamentos. Caso ele não possua os documentos, pode solicitar cópia do registro no Cartório do Registro de Imóveis da Comarca da agência bancária onde realizou o financiamento. “Alertamos os produtores rurais enquadrados nesta situação a fim de que busquem as informações necessárias com vista a resguardar os seus direitos”, explica Hein.

Decreto Executivo nº. 4.134 de 18 de maio de 2020

Decreto Executivo nº. 4.134 de 18 de maio de 2020

Data: 19 de maio de 2020

AULAS SEGUEM SUSPENSAS E O USO DE MÁSCARAS PASSA A SER OBRIGATÓRIO EM AMBIENTES COLETIVOS.
 
Estas são algumas das medidas contidas no novo decreto municipal, que adotada as medidas do protocolo de distanciamento controlado do RS, o qual você poderá ler na íntegra abaixo:
 
DECRETO EXECUTIVO Nº. 4.134 DE 18 DE MAIO DE 2020.
 
Reitera a declaração de estado de calamidade pública no âmbito do Município de Santo Augusto e dispõe sobre medidas para o enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do surto epidêmico de coronavírus (COVID–19).
 
Naldo Wiegert, Prefeito Municipal de Santo Augusto, Estado do Rio Grande do Sul, no uso de suas atribuições legais, que lhe são conferidas pela Lei Orgânica Municipal, e
 
Considerando que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, na forma do artigo 196 da Constituição da República;
 
Considerando a emergência em saúde pública de importância nacional declarada pela Organização Mundial de Saúde, em 30 de janeiro de 2020, em razão do novo coronavírus (COVID–19);
 
Considerando a Lei Nacional nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;
 
Considerando a Portaria nº 188, de 4 de fevereiro de 2020, que “Declara Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus (2019–nCoV)”;
 
Considerando a Portaria nº 356, de 11 de março de 2020, também do Ministério da Saúde, que regulamenta e operacionaliza a Lei nº 13.797/2020, estabelecendo medidas para o enfrentamento da emergência em saúde pública;
 
Considerando a Portaria nº 454, de 20 de março de 2020, do Ministério da Saúde, que declara, em todo o território nacional, o estado de transmissão comunitária do Coronavírus (COVID–19);
 
Considerando que o Estado do Rio Grande do Sul publicou o Decreto nº 55.115, de 13 de março de 2020, declarando calamidade pública em todo território estadual;
 
Considerando o Decreto Estadual nº 55.240, de 10 de maio de 2020, que institui o Sistema de Distanciamento Controlado para fins de prevenção e de enfrentamento à epidemia causada pelo novo Coronavírus (COVID-19), no âmbito do Rio Grande do Sul, reiterando a declaração de estado de calamidade pública em todo o seu território feita pelo Decreto Estadual nº 55.128, de 19 de março de 2020;
 
Considerando, o Decreto Estadual nº 55.241, de 10 de maio de 2020, que determina a aplicação das medidas sanitárias segmentadas de que trata o seu art. 19 do Decreto Estadual nº 55.240/2020.
 
Considerando que a situação demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública, a fim de evitar a disseminação da doença no Município;
 
DECRETA:
 
Art. 1º Fica reiterado o estado de calamidade pública no Município de Santo Augusto, em razão da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do surto epidêmico de Coronavírus (COVID–19), declarado por meio do Decreto Executivo Municipal nº 4.117 de 22 de março de 2020, reiterado pelo revogado Decreto Executivo Municipal nº 4.123 de 1º de abril de 2020, reiterado pelo revogado Decreto Executivo Municipal nº 4.126, de 11 de abril de 2020, reiterado pelo Decreto Executivo Municipal nº 4.131 de 11 de abril de 2020, pelo mesmo período que perdurar a calamidade pública no Estado do Rio Grande do Sul, declarada pelo Decreto Estadual nº 55.128, de 28 de março de 2020, reiterada pelo revogado Decreto Estadual nº 55.154, de 1º de abril de 2020, e pelo Decreto Estadual nº 55.240, de 10 de maio de 2020.
 
CAPÍTULO I
DAS MEDIDAS EMERGENCIAIS
 
Art. 2º As medidas emergenciais determinadas pelo Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio do sistema de Distanciamento Social Controlado de que trata o Decreto Estadual nº 55.240, de 10 de maio de 2020, que o instituiu, bem como o Decreto Estadual nº 55.241, de 10 de maio de 2020, que determina a aplicação das medidas sanitárias segmentadas, são aplicáveis em todo território do Município de Santo Augusto, sem prejuízo das medidas sanitárias de interesse exclusivamente local que vierem a ser determinadas por norma própria.
 
Art. 3º A Administração Pública Municipal fiscalizará a observância das medidas emergenciais de contenção e enfrentamento à epidemia de Coronavírus (COVID-19), com as seguintes finalidades:
I – contribuir para a segurança sanitária coletiva, por meio do controle dos serviços e das atividades essenciais e não essenciais, durante o período da calamidade pública decorrente do surto epidêmico de Coronavírus (COVID–19);
II – cooperar com o Estado do Rio Grande do Sul e com a União, no que tange às ações de prevenção, contenção do contágio e enfrentamento à epidemia causada por Coronavírus (COVID–19);
III – fortalecer a estruturação e o funcionamento do Sistema Único de Saúde, por meio de serviços públicos ou prestadores privados que atuem de forma complementar, para resposta rápida e eficaz à epidemia causada por Coronavírus (COVID–19);
IV – acompanhar a evolução científica e tecnológica, para prevenção, contenção e enfrentamento da epidemia causada por Coronavírus (COVID–19);
V – garantir através de benefícios eventuais, mínimos essenciais à manutenção da vida digna aos moradores do Município que, por consequência da calamidade pública decorrente da epidemia de Coronavírus (COVID–19), estiverem em situação de vulnerabilidade social;
VI – controlar, sob os aspectos sanitários, as atividades públicas e privadas, bem como a circulação, em todo território do Município;
 
Art. 4º A fiscalização de que trata este Decreto será exercida pelo setor da Vigilância Sanitária, da Secretaria Municipal de Saúde, ao qual compete:
I – colaborar com as ações da Secretaria Municipal de Saúde no controle sanitário, visando à manutenção da segurança da sociedade;
II – comunicar, imediatamente, às Secretarias Municipais de Saúde e da Fazenda, acerca de qualquer irregularidade constatada no desempenho de serviços públicos ou de atividades privadas, que consista em descumprimento das medidas obrigatórias, permanentes ou segmentadas, do Distanciamento Social Controlado do Estado do Rio Grande do Sul;
III – controlar e fiscalizar a conduta de pessoas físicas e jurídicas, em relação ao cumprimento das medidas previstas no Decreto Estadual nº 55.240, de 10 de maio de 2020, no Decreto Estadual nº 55.241, de 10 de maio de 2020, em portarias da Secretaria Estadual de Saúde e normas municipais;
IV – notificar os responsáveis por condutas em desacordo com as medidas previstas no Decreto Estadual nº 55.240, de 10 de maio de 2020, no Decreto Estadual nº 55.241, de 10 de maio de 2020, em portarias da Secretaria Estadual de Saúde e normas municipais, para imediata adequação, concedendo prazo de até 4 (quatro) horas para cessação da irregularidade e cumprimento das medidas emergenciais cabíveis;
V – autuar os responsáveis por condutas em desacordo com as medidas previstas no Decreto Estadual nº 55.240, de 10 de maio de 2020, no Decreto Estadual nº 55.241, de 10 de maio de 2020, em portarias da Secretaria Estadual de Saúde e normas municipais, estabelecidas neste Decreto para sanções sanitárias, além do preconizado no Código Tributário Municipal.
VI – outras atribuições estabelecidas ou que vierem a ser estabelecidas em leis ou regulamentos.
Parágrafo único. No caso da existência de indícios da prática de crimes por parte da pessoa física ou jurídica, o fato deverá ser comunicado à autoridade policial ou do Ministério Público, para a adoção das medidas cabíveis, nos termos do que determina o art. 27 do Decreto–Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941, que instituiu o Código de Processo Penal Brasileiro
 
Art. 5º As sanções administrativas municipais aplicáveis pelo descumprimento das medidas determinadas no Decreto Estadual nº 55.240, de 10 de maio de 2020, no Decreto Estadual nº 55.241, de 10 de maio de 2020, em portarias da Secretaria Estadual de Saúde e/ou em normas municipais, de acordo com o que dispõe a Legislação Municipal, são as seguintes:
I – advertência;
II – multas válidas durante o estado de calamidade pública, por infrações de ordem sanitária, tendo como base a Unidade de Referencia Municipal – URM, conforme segue:
a) nas infrações leves: de 30 (trinta) a 100 (cem) URMs (Unidade de Referência Municipal);
b) nas infrações graves: de 101 (cento e um) a 500 (quinhentos) URMs (Unidade de Referência Municipal);
c) nas infrações gravíssimas: de 501 (quinhentos e um) a 1.000 (um mil) URMs (Unidade de Referência Municipal).
III – suspensão do alvará de funcionamento do empreendimento;
IV – cassação do alvará de funcionamento da empresa.
§ 1º A sanção de advertência corresponde a uma admoestação, por escrito, ao infrator, indicando as providências cabíveis para adequação ao disposto na legislação aplicável.
§ 2º A sanção de multa corresponde ao pagamento de obrigação pecuniária, pelo infrator, podendo ser cumulativa com quaisquer outras sanções que venham a ser aplicadas.
§ 3º A sanção de suspensão do alvará de funcionamento do empreendimento corresponde à interdição temporária da atividade, pelo descumprimento às medidas emergenciais de prevenção, contenção de contágio e enfrentamento da epidemia causada pelo Coronavírus (COVID–19), estabelecidas na legislação aplicável.
§ 4º A sanção de cassação do alvará de funcionamento do empreendimento corresponde à interdição, até o final da calamidade pública, em razão do reiterado descumprimento das medidas emergenciais de prevenção, contenção de contágio e enfrentamento da epidemia causada pelo Coronavírus (COVID–19), estabelecidas na legislação aplicável.
 
Art. 6º No âmbito do processo administrativo sancionador, deverão ser respeitados os direitos relativos ao contraditório e à ampla defesa ao autuado, observando–se o preconizado na legislação.
§ 1º O Secretário Municipal de Saúde é a autoridade competente para decidir, após instrução probatória, sobre a aplicação das sanções administrativas em decorrência do descumprimento das medidas emergenciais determinadas em virtude da calamidade pública.
§ 2º Da decisão do processo administrativo caberá recurso ao Prefeito.
 
Art. 7º Encerrado o processo administrativo sancionador e havendo imputação de sanção de multa administrativa, o sancionado será intimado para o pagamento do valor no prazo de 5 (cinco) dias, a contar da cientificação.
Parágrafo único. O não pagamento da multa administrativa no prazo estabelecido no caput deste artigo acarretará a inscrição do valor em Dívida Ativa de natureza não tributária e a respectiva cobrança judicial.
 
Art. 8º O processo administrativo sancionador poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, pela autoridade que emanou a sanção administrativa, nos casos de surgimento de fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.
 
CAPÍTULO II
DAS MEDIDAS PARA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL
 
Art. 9º A aplicação do disposto neste Capítulo considerará a cor de bandeira vigente para a Região na qual inserido o Município, a cada semana, nos termos do Distanciamento Social Controlado instituído pelo Decreto Estadual nº 55.240, de 10 de maio de 2020, e previstas no Decreto Estadual nº 55.241, de 10 de maio de 2020.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput deste artigo às atividades de:
I – segurança e ordem pública; tais como:
a) saúde pública;
b) assistência social;
c) limpeza urbana;
d) iluminação pública;
e) conservação de logradouros públicos, parques e praças;
f) cemitério público;
II – de fiscalização municipal; e
III – de inspeção sanitária.
 
 
Art. 10 Para atender o Sistema de Distanciamento Social Controlado, conforme o enquadramento semanal divulgado por bandeira, os Secretários Municipais e os dirigentes máximos das entidades da Administração Pública deverão realizar escalas de trabalho, no âmbito de suas competências, para garantir o atendimento das demandas administrativas, excetuadas as atividades essenciais.
 
Art. 11 Fica dispensada a utilização da biometria para o registro eletrônico do ponto, devendo ser realizada a aferição da efetividade por outro meio eficaz, de acordo com as orientações definidas no âmbito de cada órgão ou entidade pública.
 
Art. 12 Fica obrigatório o uso de mascaras dentro das repartições públicas pelos servidores municipais.
DAS MEDIDAS SANITÁRIAS DE TRABALHO E ATENDIMENTO AO PÚBLICO
 
Art. 13 Aplicam-se à Administração Pública Municipal as medidas sanitárias permanentes e segmentadas de que tratam os Decretos Estaduais nos 55.240 e 55.241, de 10 de maio de 2020, em especial, nas repartições públicas e no atendimento ao público:
I – a observância do distanciamento social, restringindo a circulação, as visitas e o acesso público de qualquer tipo ao estritamente necessário, a fim de se evitar aglomerações;
II – a observância de cuidados pessoais, sobretudo da lavagem das mãos, antes e após a realização de quaisquer tarefas, com a utilização de produtos assépticos, como sabão ou álcool em gel 70%, bem como da higienização, com produtos adequados, dos instrumentos domésticos e de trabalho;
III – a observância de etiqueta respiratória, cobrindo a boca com o antebraço ou lenço descartável ao tossir ou espirrar;
IV – a observância do distanciamento interpessoal mínimo de dois metros, evitando-se a formação de aglomerações de pessoas nos recintos ou nas áreas internas e externas de circulação ou de espera, bem como nas calçadas, portarias e entradas dos prédios e estabelecimentos, públicos ou privados;
V – manter o ambiente de trabalho bem ventilado, com janelas e portas abertas, sempre que possível;
VI – limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência;
VII – utilização obrigatória de máscara de proteção facial sempre que se estiver em recinto coletivo, compreendido como local destinado a permanente utilização simultânea por várias pessoas, bem como nas áreas de circulação das repartições públicas.
§ 1º No atendimento ao público é obrigatória a utilização, pelos cidadãos, de máscara de proteção facial, nos termos do art. 15 do Decreto Estadual nº 55.240/2020, podendo, o servidor público, recusar o atendimento caso o interessado não cumpra sua obrigação.
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, o servidor público deverá orientar o cidadão sobre as medidas de distanciamento social e uso de máscara, e solicitar que o mesmo retorne após utilizar a proteção adequada.
 
Art. 14 Fica suspenso o período letivo do ano de 2020 das escolas públicas municipais de educação infantil e ensino fundamental, que só será retomado com determinação expressa em ato do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Parágrafo único. A suspensão de que trata o caput deste artigo aplica-se, a teor do art. 3º do Decreto Estadual nº 55.241, de 10 de maio de 2020, a aulas, cursos e treinamentos presenciais em todas as escolas, faculdades, universidades, públicas ou privadas, estaduais ou federais, e demais instituições de ensino, de todos os níveis e graus, bem como estabelecimentos educativos, de apoio pedagógico ou de cuidados a crianças, incluídas as creches e pré-escolas da rede privada, situadas em todo o Município.
 
Art. 15 O calendário letivo será redefinido a fim de assegurar aos alunos da educação infantil e do ensino fundamental a carga horária mínima preconizada em Lei.
 
Art. 16 Fica revogado o Decreto Executivo nº 4.131 de 4 de maio de 2020.
 
Art. 17 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
 
GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE SANTO AUGUSTO, RS, 18 DE MAIO DE 2020.
 
NALDO WIEGERT – Prefeito Municipal.
Taxa de câmbio já impacta em 1,83% os custos de produção de 2020

Taxa de câmbio já impacta em 1,83% os custos de produção de 2020

Variação cambial também influencia no preço das commodities

A volatilidade da taxa cambial em 2020, especialmente a partir do mês de fevereiro, por influência da pandemia, vem impactando nos custos de produção do campo, é o que aponta o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) do mês de abril, divulgado pelo Sistema Farsul, nesta quinta-feira, dia 14. O último mês registrou alta de 0,57% e um acumulado em 2020 de 1,83%. No mesmo período o IPCA registra 0,22%.
O reflexo só não foi maior porque a queda de 29% no preço do barril do petróleo contrabalanceou a variação do câmbio. Somente entre março e abril, essa alta da taxa cambial foi de quase 9%. No acumulado em 12 meses, o IICP atingiu 2,24%. Conforme a economista do Sistema Farsul, Danielle Guimarães, é possível perceber a aceleração dos custos de produção a medida que o ano avança. Ela destaca que é possível que o indicador inflacione mais nos próximos meses diante de uma possível recuperação do preço do petróleo.
Além do câmbio, a estiagem também influenciou no Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelo Produtor Rural (IIPR), que fechou abril com alta de 6,98%. No acumulado em 12 meses, o indicador chegou a 30,28%, chegando próximo ao recorde registrado durante a seca de 2012. Somente no acumulado de 2020, o IIPR registra crescimento de 14,69%, enquanto o IPCA Alimentos ficou em 3,45%.

Confira o Relatório na íntegra.

Rio Grande do Sul terá piloto de novo formato do programa Campo Futuro

Rio Grande do Sul terá piloto de novo formato do programa Campo Futuro

Reunião por videoconferência será testada para continuidade do levantamento

No dia 21 de maio, produtores de soja, milho e trigo de Carazinho estarão reunidos com representantes da Farsul, CNA e Esalq-Cepea para a coleta de informações sobre custos de produção. O levantamento faz parte do projeto Campo Futuro que está em seu décimo terceiro ano. A novidade está na forma como pesquisa será realizada. Com apoio do Sindicato Rural de Carazinho, será realizada uma videoconferência. Essa foi a alternativa para dar continuidade a um trabalho, já consolidado, diante das medidas de distanciamento social no combate ao novo coronavírus.
O formato é inédito no estudo realizado em todo país, conforme informa o economista Ruy Silveira Neto, representante do Sistema Farsul na pesquisa há cinco anos. Esta primeira reunião será piloto e no dia seguinte já está agendada uma avaliação para eventuais ajustes e ampliação das praças no Rio Grande do Sul e, posteriormente, no Brasil. O economista informa que a intenção é realizar uma reavaliação a cada duas videoconferências para aperfeiçoamento do trabalho. Com a aprovação da forma, as próximas datas e praças das reuniões serão agendadas.

SANTO AUGUSTO ESTÁ TRABALHANDO INTENSAMENTE NO ENFRENTAMENTO À COVID-19

SANTO AUGUSTO ESTÁ TRABALHANDO INTENSAMENTE NO ENFRENTAMENTO À COVID-19

Data: 11 de maio de 2020

Desde o início da pandemia da COVID-19 (Novo Coronavírus), a Administração Municipal está empenhada em realizar ações preventivas em Santo Augusto. Com a incidência da doença em municípios próximos, a divulgação de um resumo destas ações se tornou essencial para informar e tranquilizar os munícipes.

Foram realizadas:
• Orientações através das mídias: Facebook, Instagram, Site Oficial do Município, Jornal, Rádio e Carro de Som.
• Ações de orientação e distribuição de máscaras nas filas de bancos, principalmente na Caixa Econômica Federal.
• Preparação da Sala Sentinela no Centro de Eventos Thiago da Silva Polo, bem como preparação de equipe com profissionais capacitados para receberem e encaminharem os casos que possam surgir.
• Preparação de ala isolada no Hospital Bom Pastor, destacando que o hospital dispõe de 7 respiradores para os pacientes que precisarem de ventilação mecânica.
• O prefeito Naldo Wiegert e o vice-prefeito Marcelo Both visitaram e orientaram o comércio, colando cartazes com medidas de prevenção e incentivando o uso de máscaras.
• Foi executada a sanitização de ambientes com amônia quaternária em mercados, lotéricas, agências bancárias, UBSs, Hospital Bom Pastor, Praça Pompílio Silva e Centro de Eventos Thiago da Silva Polo.
• Nas repartições públicas municipais, os servidores receberam máscaras, há disponibilidade de álcool em gel e regramento para evitar aglomerações, como atendimento apenas de urgência e emergência nas UBSs. As UBSs, em conjunto com o Hospital Bom Pastor, passaram a exigir o uso de máscaras nestes locais.
• Para evitar uma possível disseminação do vírus, as aulas na rede municipal foram suspensas, bem como as atividades nos grupos realizados pela SEHAS.
• A SEHAS está fornecendo máscaras para as famílias referenciadas (CRAS E CREAS) e demais munícipes que não tenham condições de adquirirem este item.
• Formação da Equipe Sanitária, a qual está atuando nos estabelecimentos comerciais, fiscalizando 15 itens constantes no decreto municipal, dentre eles destacamos a disponibilidade de álcool em gel, ocupação reduzida, conforme previsto no PPCI de cada estrutura física, e distanciamento entre as pessoas.
• Aquisição de ambulância, a qual será entregue nos próximos dias, aumentando a eficiência do Município no deslocamento de pacientes que precisarem de UTI.

Além destas ações, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o município de Santo Augusto recebeu da 17ª Coordenadoria Regional de Saúde sete testes SWAB e 120 testes rápidos para identificação da Covid-19. Os sete testes SWAB já foram utilizados, sendo quatro para pacientes de outros municípios internados no Hospital Bom Pastor e três para pacientes residentes em Santo Augusto, destacando que os de Santo Augusto apresentaram resultados negativos para a doença. A Secretaria esclareceu que os testes SWAB são destinados a pacientes hospitalizados com síndrome respiratória aguda grave, que se encaixarem no protocolo do Ministério da Saúde com suspeita da doença. Novos testes SWAB serão enviados pela 17ª CRS e chegarão no município ainda hoje.

Até agora o investimento nas ações para enfrentamento da Covid-19 totalizou R$ 274.684,90, o qual possibilitou a aquisição de EPIs como máscaras, materiais informativos, divulgação de rua em carro de som, sanitização de ambientes, aparelhos para a equipe da Sala Sentinela fazer avaliações, como termômetros digitais e oxímetros, ambulância, dentre outros.

A melhor forma de enfrentamento ainda é a conscientização e a manutenção das medidas preventivas, como lavar as mãos antes de tocar os olhos, nariz e boca, evitar aglomerações e usar máscara.

Eu lhe protejo e você me protege! #SantoAugustoUsaMáscara

Fonte: Prefeitura Municipal de Santo Augusto

Senar debate educação profissional e novas tecnologias

Senar debate educação profissional e novas tecnologias

Brasília (08/05/2020) – A experiência do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) na formação técnica voltada ao meio rural foi compartilhada em uma transmissão ao vivo sobre a educação profissional no Mundo 4.0, promovida pelo Ministério da Educação na sexta (8).

A coordenadora de Educação Formal do Senar, Maria Cristina Ferreira, apresentou a metodologia baseada no ensino híbrido, com encontros presenciais e aprendizagem a distância, do curso técnico em agronegócio.

A formação tem carga horária de 1230 horas, sendo 80% a distância e 20% presencial. O curso é oferecido em 150 polos de apoio presencial nas cinco regionais brasileiras. “Na formação profissional técnica do Senar, o conhecimento prático é fundamental. Por isso utilizamos a tecnologia associada à interação presencial”, destacou.

“Nossa metodologia foi desenhada de modo que todo o conteúdo esteja integrado. Produzimos material impresso, videoaulas e aulas virtuais. Por fim, o tutor presencial complementa o processo de aprendizagem”, detalhou Maria Cristina.

Ela complementou que a personalização do ensino é outra característica da instituição. “O Senar inova em proporcionar a formação profissional a distância para alcançar a população rural criando oportunidade de ensino por meio de diversas mídias. Isso cria maior flexibilidade aos estudantes”.

A coordenadora do Senar também apresentou informações sobre cursos técnicos presenciais em Bovinocultura de Corte, em Campo Grande (MS) e em Fruticultura, no município de Juazeiro (BA), na região do Vale do São Francisco, considerado o maior polo de fruticultura do País.

Também participaram da transmissão a diretora de Educação Profissional do Senac, Anna Beatriz Waehneldt, a diretora do Centro de Capacitação Técnica do Centro Paula Souza, Lucilia Guerra. O secretário de Educação de Santa Catarina, Natalino Uggioni mediou os debates.

Para saber mais sobre a formação técnica do Senar, acesse: https://www.cnabrasil.org.br/s…

Assista à integra da transmissão:

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Nota CNA – Indústrias lácteas precisam cumprir acordos estabelecidos pelos Conseleites

Nota CNA – Indústrias lácteas precisam cumprir acordos estabelecidos pelos Conseleites

O setor foi pioneiro na criação de conselhos paritários

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reafirma a necessidade do cumprimento, por parte das indústrias lácteas brasileiras, dos acordos estabelecidos pelos Conseleites no que se refere ao índice de preço a ser pago ao produtor rural.

O setor lácteo nacional foi pioneiro na criação de conselhos paritários que visam harmonizar as diferenças entre os produtores rurais e as agroindústrias. Com a finalidade de proporcionar ao produtor uma definição de tendência do comportamento do preço do leite e servir como conciliação de conflitos, os conselhos foram fortalecidos e se credenciaram como fóruns transparentes de discussão qualificada.

As medidas de isolamento social impostas para amenizar os impactos da pandemia de COVID-19 levaram o consumidor a aumentar significativamente sua demanda por lácteos no final do mês de março e nas primeiras semanas de abril. Com isso, principalmente o leite UHT e o leite em pó apresentaram maior volume de vendas e elevação de preços nesse período, comportamento que não se repetiu nas semanas posteriores.

A situação do produtor de leite já era crítica antes da pandemia e ficou ainda pior nessas últimas semanas. O preço pago pelo litro de leite ao produtor caiu 5,9% no primeiro trimestre de 2020. Enquanto isso, o custo de produção aumentou 3,18%, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-Esalq/USP). Com destaque para o preço do farelo de soja, importante componente da ração animal, que teve alta de 23% em relação a fevereiro.

A metodologia estabelecida pelos Conseleites leva em conta o consumo dos produtos lácteos no mês e os custos de produção do produtor e da indústria. Diante do cenário observado nos últimos meses, os conselhos regionais sinalizam valores de referência em alta ou estáveis para o leite entregue em abril, a ser pago em maio. Entretanto, boa parte dos laticínios apontaram redução no preço do leite para pagamento em maio, justificando os efeitos da crise no novo coronavírus.

Em Minas Gerais, o valor de referência para o leite entregue em abril a ser pago em maio teve alta de 5,62% em relação ao último mês. Em Santa Catarina, a alta foi de 3,8%; no Paraná, 6,75%, enquanto no Rio Grande do Sul a alta foi mais expressiva, 9,79%. Já em Goiás, na Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea, o Índice de Preços de Derivados Lácteos aponta uma variação positiva de 0,18% frente ao mês de março. Em termos de representatividade, a produção desses cinco estados representa praticamente 70% de todo o leite produzido no Brasil.

Apesar de todos os Conselhos sinalizarem altas, tivemos relatos de descumprimento dos acordos. Produtores do estado do Paraná apontam que importantes empresas fecharam o mês com a manutenção do preço pago no mês anterior. Em Goiás e Minas Gerais, produtores indicam sinais ainda mais preocupantes, uma queda dos preços ofertados.

O comportamento dessas indústrias em não seguir as tendências sinalizadas pelos conselhos remete a práticas arcaicas de negociação unilateral, que acreditávamos já estarem superadas. Nesse momento de crise sanitária e econômica, o que menos precisamos é de uma crise de credibilidade.

A CNA preza pelo diálogo e pela transparência nas relações comerciais entre produtor e indústria. Mesmo diante das dificuldades em que o Brasil e o mundo têm passado frente à pandemia do Covid-19, acreditamos que o setor deve caminhar junto para superar os desafios. Não podemos permitir retrocessos nos avanços conquistados ao longo de quase 20 anos.

A principal finalidade dos valores de referência mensais é proporcionar ao produtor uma tendência do comportamento do preço do leite, sendo um valor justo para todos os elos da cadeia. Por isso, espera-se da indústria láctea brasileira um posicionamento firme e ético para cumprir o que foi acordado.

Fonte: Farsul

Produtores de Juiz de Fora (MG) criam plataforma para venda de cestas coletivas de hortifrutis

Produtores de Juiz de Fora (MG) criam plataforma para venda de cestas coletivas de hortifrutis

Por: SENAR MINAS

Um grupo formado por produtores associados ao Mogico (Monte de Gente Interessada em Cultivo Orgânico) criou a plataforma online chamada Cesta de Produtos Orgânicos do Mogico, ou simplesmente Cesta Coletiva, para comercialização online de produtos como verduras, frutas, legumes, ervas e temperos, entre outros.

“Trata-se de uma alternativa coletiva que apoia o pequeno produtor e nossos clientes nesse período de distanciamento. A Cesta Coletiva surgiu da necessidade dos produtores do coletivo Mogico em escoar a produção”, explica o produtor rural e vice-presidente do Mogico, Waltencir Carlos da Silva.

Dos seis produtores que participam da iniciativa, três recebem a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em Olericultura, oferecida por meio da parceria entre o Sistema Faemg / Senar Minas e o Sindicato dos Produtores Rurais de Juiz de Fora.

“O Sistema Faemg / Senar Minas vem contribuindo muito com seu suporte por meio do ATeG e com as medidas de apoio em relação à pandemia, além de orientações que são ofertadas diariamente nos canais de comunicação. Recentemente, o ATeG promoveu o curso Gestão do Negócio, ministrado pelo instrutor José Geraldo da Silva Machado. O curso foi de fundamental importância para os produtores. Além disso, o atendimento remoto pós curso permitiu que trocássemos informações e nos permitiu enxergar possibilidades frente à pandemia, que, no momento, ainda era recente”, aponta Waltencir.

A plataforma e seu funcionamento

De acordo com Waltencir, a plataforma para vendas on line era um projeto antigo do grupo, mas, com a necessidade do distanciamento social, foi preciso colocá-lo em prática de uma hora para a outra, em dia 28 de março. “O projeto saiu de forma relâmpago, em função do cancelamento de umas de nossas frentes de venda, que é a Feira da UFJF – feira de produtos orgânicos realizada no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora, que ocorria às segundas-feiras, de 16h às 19h.”

A plataforma tem abertura de pedidos aos sábados, às 18h, prosseguindo até domingos, às 20h. Basta que o cliente escolha os produtos e monte sua cesta. A entrega é efetuada às terças-feiras, a partir das 10h. “O cliente tem a opção de escolher seus produtos de acordo com a sua preferência de produto e conforme a disponibilidade.”

O instrutor João Barcellos explica que a ideia da plataforma foi apresentada a ele por um dos produtores atendidos pelo ATeG. “Eu fiz algumas sugestões de melhoria para o site, além de ter elaborado um fluxograma, repassado a todos os produtores.” O material apresentava as possibilidades de comercialização em tempos de pandemia, contendo, ainda, informações como importância de higienização, dicas para produção e de divulgação sobre a nova forma de venda.

Sucesso de vendas

Waltencir explica que a iniciativa os fez chegar a um número bem maior de clientes do que os que frequentavam a Feira da UFJF. “A Cesta Coletiva, em um primeiro momento, para suprir a não realização da Feira da UFJF, mas conseguimos abranger um número bem maior de clientes via plataforma on line. No meu caso, por exemplo, que sou sócio do Viva Orgânica, que oferece verduras, frutas e legumes, o volume de venda na cesta mais que triplicou.”

Segundo ele, o grupo tem atendido, em média, 70 cestas por semana. “Com esse sucesso, temos intenção de prosseguir com este segmento mesmo após a pandemia.”

Além da Cesta Coletiva (https://cestamogico.lojaintegrada.com.br/), o coletivo Mogico continua realizando a Feira Orgânica Mogico aos sábados, de 8 às 12h, na praça do bairro Bom Pastor.

Farsul faz alerta sobre o impacto da taxa de câmbio no preço da soja

Farsul faz alerta sobre o impacto da taxa de câmbio no preço da soja

Conforme levantamento da Federação, valor do grão no mercado internacional está em queda

Na segunda-feira (4/5), o saco de 60Kg da soja era comercializado por R$ 105,50 no Porto de Rio Grande. O valor histórico é resultado da influência da variação cambial e não reflete o que vem acontecendo no mercado internacional. Nos EUA, como comparação, o preço do bushel em 30 de abril deste ano foi de US$ 8,56 contra US$ 9,62 no ano passado. O levantamento foi realizado pela Farsul e indica que o cenário nacional é em decorrência da pandemia do vírus Covid-19.
Para compreender o quadro atual, a análise compara a relação preço x custo de produção entre os anos 2019 e 2020 nos EUA, principal concorrente brasileiro no produto. Lá, no ano passado, a diferença entre o valor comercializado e o custo de produção gerava um lucro de US$ 0,05 por bushel. Atualmente, o resultado é um prejuízo de US$ 1,19 aos produtores daquele país.
O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, explica que o objetivo é “chamar a atenção que o que está acontecendo com a soja é reflexo da pandemia, que é imprevisível, e estamos vendendo por um preço muito acima”, avalia e completa, “A diferença cambial adicionou R$ 25,00 no preço do produto”. Para ilustrar, foi feita uma simulação de preço com a taxa de câmbio de janeiro, anterior a chegada da doença no Brasil. Nesse cenário, a soja estaria sendo comercializada a R$ 80,57. Com o câmbio de 12 meses, o preço seria R$ 75,78.
Luz comenta que se o produtor tivesse travado o preço na sua praça, ainda considerando o frete de R$ 5,00 a R$ 10,00 por saco, estaria ganhando. “Em Cruz Alta, ele teria um ganho de R$ 5,00, por exemplo”, compara. “Só estamos com esse preço pela pandemia. Portanto, faz todo sentido seguir travando. Os únicos que podem sentir culpa por ter travado preço são aqueles que adivinharam que o mundo passaria por uma pandemia”, conclui.

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