(55) 3781-1711 contato@srsa.com.br
Farsul reforça orientações em relação ao recebimento de sementes do exterior

Farsul reforça orientações em relação ao recebimento de sementes do exterior

Federação reitera procedimentos indicados pela Secretaria da Agricultura

A Farsul alerta aos produtores rurais a ocorrência de envio de pacotes de sementes, bulbos, propágulos e material amorfo como forma de brindes em encomendas vindas do exterior ou até mesmo sem nenhuma solicitação. A Federação reitera as orientações da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal do Departamento de Defesa Agropecuária da SEADPR em caso de recebimento dos mesmos pela população em geral e, especialmente, produtores rurais.
Em caso de recebimento desse tipo de material sem ter sido efetuado pedido, o receptor não deve violar a embalagem para evitar que o conteúdo seja exposto ao ambiente. Também não deve plantar, enterrar ou descartar o pacote no solo, cursos d´água, lixo, esgoto ou em outros sistemas de coleta de resíduo. O material deve ser acondicionado em saco plástico e entregue na Inspetoria de Defesa Agropecuária da SEAPDR mais próxima.
A Farsul lembra que ainda não há informações de quais são os objetivos desses envios e qual o conteúdo do pacote. Existe o risco desse material estar infestado com microrganismos patogênicos de plantas ou que contenha sementes ou estruturas de propagação de espécies invasoras daninhas às lavouras. Caso haja a disseminação do conteúdo das embalagens, há o risco de ocorrer infestação de espécies invasoras, causando impactos ambientais irremediáveis em médio-longo prazo e gerando prejuízos irremediáveis às atividades agropecuárias.
Em caso de dúvidas, entrar em contato com uma Inspetoria de Defesa Agropecuária ou com a Divisão de Defesa Sanitária Vegetal do Departamento de Defesa Agropecuária da SEADPR pelos telefones 51 32886289 ou 51 32886294 ou e-mail defesavegetal@agricultura.rs.gov.br.

Farsul e Bayer firmam parceria para desenvolver jovens talentos no agronegócio

Farsul e Bayer firmam parceria para desenvolver jovens talentos no agronegócio

Com o programa de capacitação, federação e companhia pretendem incentivar a liderança de uma nova geração no campo

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IRFS) com 743 filhos de agricultores no Estado, com idades entre 13 e 21 anos, embora o cenário externo influencie na decisão de sucessão familiar, o ambiente que ele encontra no negócio da família será decisivo para o caminho escolhido pelo jovem. Segundo dados divulgados no Censo Agropecuário de 2017 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos 11 anos, o percentual de produtores com mais de 65 anos aumentou de 18% para 23% no campo, enquanto o de jovens produtores entre 25 e 35 anos caiu de 14% para 10%. O campo tem tido dificuldades em reter profissionais jovens.

Em meio a esse desafio e com o foco no desenvolvimento de competências de um futuro líder no campo, a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) se uniu à divisão agrícola da Bayer para contribuir com o aumento da presença de novos talentos no agronegócio gaúcho e acelerar o desenvolvimento da juventude no setor.

O resultado dessa parceria será o programa “Talentos do Agro” – que visa estimular ações que ampliem o conhecimento dos jovens em relação aos processos de inovação e transformação digital no agronegócio, estimulando a capacidade em criar soluções para desafios complexos e estratégias de comunicação.

O presidente da Farsul, Gedeão Pereira destaca que a entidade sempre vai apoiar ações que desenvolvam líderes da nova geração do agro. “A responsabilidade dos jovens produtores é muito grande na sucessão das empresas rurais. Eles precisam manter e melhorar o trabalho já existente buscando a adaptação aos novos tempos”, afirmou ele.

“A comissão de Jovens Empresários Rurais da Farsul vem trabalhando na identificação e formação de novas lideranças no setor. E este programa vem para coroar esta iniciativa contribuindo com a preparação de jovens produtores em empreendedores com um embasamento diferenciado”, explica o coordenador da comissão da Farsul, Rafael Macedo.

“O Agro é um setor muito importante para o Brasil. Para que possamos continuar crescendo, aumentando nossa competitividade e nos posicionando como líder no mercado global é fundamental que tenhamos pessoas preparadas para liderar, suas propriedades e o setor. Essa deve ser é uma pauta estratégica para a agropecuária brasileira, pois precisamos preparar nossos jovens para que eles assumam esse papel no futuro. O Talentos do Agro terá o foco no desenvolvimento desse líder. É uma capacitação que abordará questões técnicas de agricultura e agropecuária, mas também de gestão de negócios e de pessoas. Todos pontos que irão ajudá-lo a ter confiança ao liderar o campo”, explica o diretor do negócio de soja e algodão da Bayer para o Brasil e líder do programa na companhia, Marcelo Neves.

Segundo Marcelo Neves, a parceria com a Farsul foi firmada devido ao histórico e pioneirismo da entidade no estado. “Muitas das pessoas que transformaram a agricultura nacional são do Rio Grande do Sul. Queremos, como empresa, ajudar a construir esse futuro para o agro gaúcho e de todo o país. O programa será dividido em três etapas. A ideia é que os participantes conheçam um pouco mais sobre as tendências que vão gerar impacto no mundo do agronegócio nos próximos anos. Aprendam sobre estratégia e networking. Vejam o quanto a inovação e transformação digital no campo são necessários para uma agricultura sustentável; além de debater o tema da sucessão familiar e a gestão dos negócios”, explica o executivo.

Fonte: Imprensa Sistema Farsul e Assessoria de Comunicação da Bayer

Farsul e Federarroz divulgam nota conjunta sobre manutenção da TEC no arroz

Farsul e Federarroz divulgam nota conjunta sobre manutenção da TEC no arroz

Documento destaca compromisso entre entidades e Governo Federal

A Farsul e a Federarroz divulgaram nota conjunta com o objetivo de esclarecer a atual situação da safra e o abastecimento do produto. As entidades afirmar não haver risco de desabastecimento, garantindo assim a manutenção da Tarifa Externa Comum (TEC) nas importações de arroz. Também reforçam, no documento, o compromisso de manter constante a oferta de arroz em casca, bom como da segurança alimentar dos brasileiros e o equilíbio do mercado.

Confira nota na íntegra.

Fonte: Imprensa Sistema Farsul

Custos Operacionais Totais cresceram mais de 150% em dez anos

Custos Operacionais Totais cresceram mais de 150% em dez anos

Dados fazem parte do programa Campo Futuro no estado

Na última década, os custos operacionais totais das principais culturas do Rio Grande do Sul registraram aumento superior a 150%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3/9) pelo Sistema Farsul. O levantamento faz parte do programa Campo Futuro, uma iniciativa da CNA, Esalq/Cepea e Sistema Farsul, que completa dez anos em 2020. O trabalho acompanha a evolução dos custos de produção em regiões que são referência na produção agrícola.

É o caso de Uruguaiana, uma das praças analisadas para o arroz irrigado. Nos últimos dez anos, os custos subiram 159%. Em Carazinho, a alta para o milho foi de 157%, soja 178% e trigo 73%, única cultura que não ultrapassou os 100% de alta no período. Para o economista do Sistema Farsul, Ruy Silveira Neto, responsável pelo estudo no estado, o movimento de alta irá se manter. “Estamos trabalhando com taxas médias de 10% ao ano e acreditamos que irá se manter”, avalia.

Na última safra, a lavoura arrozeira teve um incremento de 28% na produtividade e 38% no preço (baseado nos valores praticados durante a realização do levantamento). O melhor resultado da história do programa para a cultura. Já o Custo Operacional Total (COT) aumentou 11%, tendo a irrigação (25%) e o beneficiamento (68%), como principais influências.

Como houve um crescimento de 78% na receita, foi possível cobrir o COT depois de dois anos consecutivos de margens brutas negativas. Considerando o Custo Total, que incluem os juros de investimentos, houve resultado positivo após cinco anos seguidos de prejuízo.

O milho apresentou queda de 32% na produtividade na safra 2019/2020. Especialmente em decorrência da seca que atingiu o Rio Grande do Sul no último verão. Sendo o terceiro pior resultado na série histórica do programa Campo Futuro. Em contrapartida, os preços cresceram 25% no período.

O expressivo aumento de 256% no custo com seguros em razão da estiagem e de 16% com fertilizantes fizeram o COT do grão aumentar 3%. Como o aumento do preço foi inferior a queda da produtividade e os custos aumentaram, a margem bruta foi muito baixa.

A seca também afetou a produtividade da soja, sendo a terceira pior registrada pelo levantamento em dez anos, caindo 23%. Já os preços compensaram a queda de rendimento, com um crescimento de 23%.

No caso da oleaginosa, houve queda no COT de 11% nas lavouras que utilizam tecnologia RR e 8% nas com Intacta devido a queda de 50% e 30%, respectivamente, nos custos das sementes. Como a receita registrou – 5%, para ambas, a margem bruta foi maior que na safra passada. Entretanto, este é o seguindo ano consecutivo que o produtor não consegue cobrir o Custo Total da lavoura.

Única cultura de inverno analisada pelo Campo Futuro no Rio Grande do Sul, o trigo teve alta de 14% na produtividade e 7% no preço. Esta é sua melhor cotação em dez anos de levantamento na região de Carazinho. Fungicidas (-35%) e operações mecânicas (-18%) puxaram a queda de 5% do COT. Mesmo assim, a margem bruta se manteve negativa na safra 19/20.

No caso da soja e milho irrigados, as produtividades caíram 22% e 18%, e os preços cresceram 34% e 40% respectivamente. A redução nos custos de fungicidas e herbicidas impactaram no COT de ambos (soja -7% e milho -9%). Isso ocorreu pela influência do clima seco no combate às pragas das lavouras irrigadas. Com a valorização dos preços acima da queda da produtividade, as culturas tiveram recordes históricos nas suas margens brutas.

Neto explica que com a consolidação do Brasil como o grande fornecedor de commodities no cenário mundial e a alta taxa cambial, o preço no mercado interno se elevou. Isso garantiu, até certo nível, um ganho de margem bruta nas culturas afetadas pela estiagem deste ano. Porém, o câmbio se mantendo elevado e uma inflação de 4,14% no acumulado de 12 meses, conforme o IICP de julho, divulgado pela Farsul, a tendência é que os custos de produção sejam os maiores da história no Rio Grande do Sul na safra 2020/2021.

 

Confira os dados apresentados

Preço Referência do Leite tem alta de 3,83% no RS

Preço Referência do Leite tem alta de 3,83% no RS

O valor segue tendência nacional de alta

O valor de referência do leite no Rio Grande do Sul atingiu R$ 1,5082 no mês de agosto, 3,83% acima do consolidado de julho (R$ 1,4526). O valor segue tendência nacional de alta e é o mais elevado da série histórica do Conseleite/RS. Segundo dados apresentados nesta terça-feira (25/08), o que se verifica neste momento é um aumento de demanda e importações desfavorecidas pelo câmbio valorizado. O queijo mussarela destacou-se com recuperação de preço, principalmente, em função de mudanças nos hábitos de consumo. “O mercado está aquecido. Nos últimos 14 anos, nunca atingimos esse valor, o que é compreensível no momento atual. A dúvida agora é se essa valorização terá seguimento ao longo do ano”, pontuou o professor da UPF e responsável pelo levantamento do Conseleite, Marco Antonio Montoya.

Segundo o presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, o cenário é de valorização do leite e de reconhecimento do trabalho no campo, uma vez que o produtor também vem recebendo mais por litro. “É um momento justo para o setor em função de nossos custos”, completou o vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra. Ele citou que, apesar de estarmos em plena safra, as indústrias estão trabalhando com estoques menores, o que garante maior giro e melhor operação. “O setor lácteo está passando pelo seu pico de produção e captação, e o preço está em um patamar adequado que reflete o cenário e o auxílio-emergencial concedido pelo governo”, salientou Guerra.

Rizzo alertou que, com o aumento do preço do leite, acende-se uma luz amarela em relação à retomada da atratividade das importações. Apesar da valorização cambial, as aquisições externas voltam a ser uma opção de oferta, o que já se verifica nos números da balança comercial de lácteos nos meses de julho e agosto. “É algo que deixa o setor em alerta”, ponderou o presidente.

Por Farsul

Campanha “O agro não pode pagar essa conta”

Campanha “O agro não pode pagar essa conta”

Entidades do agro gaúcho são contra o projeto do Governo Estadual

Farsul, Fetag e demais entidades representativas do agronegócio gaúcho estão lançando uma campanha para explicar por que são contra a proposta de reforma tributária. Elas reforçam a necessidade de mudanças no sistema atual, mas, o projeto penaliza com aumento de impostos um setor fundamental da economia do Rio Grande do Sul.

 

Taxa cambial mantém alta do IICP e IIPR em julho

Taxa cambial mantém alta do IICP e IIPR em julho

Indicadores do agronegócio estão acima do IPCA e IPCA Alimentos

O IICP (Índice de Inflação dos Custos de Produção) de julho teve uma alta de 1,50% em relação a junho. O IIPR (Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais) também registrou inflação, com 6,42% no mesmo período. Em ambos indicadores a variação cambial teve influência no resultado. As informações foram divulgadas pelo Farsul nesta quinta-feira (20/08).
No caso do IICP, a recuperação do preço do petróleo, que segue sua trajetória de alta, também teve participação no resultado. No acumulado do ano, o indicador registra 4,11%, ficando acima do IPCA que ficou em 0,46%. A taxa cambial de 29% acumulada em 2020 foi o principal motivo da alta do índice. Ele só não foi maior em razão da queda de 50% no preço do petróleo no mesmo período. A tendência é de recuperação nos valores dos combustíveis e a manutenção da alta taxa cambial fazendo com que os custos se mantenham em trajetória de aceleração.
Em relação ao IIPR, a taxa cambial e o bom desempenho das exportações refletiram nos preços da soja, arroz e suínos. Em 2020, o índice já acumula 32,13% e em 12 meses, 47,48%. Neste ano o IPCA Alimentos chegou a 4,10% e em 12 meses, 7,61%. A diferença ocorre porque, além dos fatores que impactam no IIPR, a baixa atividade econômica em decorrência das medidas de combate à pandemia afeta muitos produtos que compõe a cesta do IPCA Alimentos.

Confira o Relatório na íntegra.

Programa Agro.BR oferece suporte a produtores que pretendem exportar

Programa Agro.BR oferece suporte a produtores que pretendem exportar

Além da CNA e Apex Brasil, programa tem apoio da Farsul e Senar-RS em escritório regional

Os olhos do agronegócio estão cada vez mais voltados para o mundo. Os sucessivos aumentos de produtividade permitem não apenas o crescimento nas exportações tradicionais, como grãos e carnes, mas, também apresentam novas perspectivas para produtos que podem encontrar nichos no cenário global. Para capacitar e auxiliar os produtores para essas demandas, a CNA, em parceria com a Apex Brasil, oferece o programa Agro.BR com o objetivo de desenvolver novos negócios.

São quatro escritórios regionais que oferecem suporte para aqueles empresários rurais que já realizam algum tipo de exportação e para aqueles que pretendem entrar no mercado internacional. Voltado para produtores e cooperativas, o programa realiza mapeamento de produtores e cadeias, sensibilização e capacitação ao mercado exterior, encaminhamento de acordo com a capacidade e maturidade exportadora, elaboração de planos de negócios para exportações, organização das ofertas e logísticas da regiões no desenvolvimento de uma estratégia exportadora, viabilização comercial das exportações, além de outros encaminhamentos a parceiros do projeto.

Entre os escritórios regionais, um está na sede da Farsul e já vem atuando no suporte aos produtores. O consultor Arturo Muttoni, o responsável pelo escritório no Rio Grande do Sul, aponta algumas cadeias com potencial para atuar no cenário internacional. “No Rio Grande do Sul existem cadeias que podem ser beneficiadas diretamente pelo programa, como lácteos, mel, castanhas e erva-mate”, indica. Ele explica que o trabalho não consiste apenas na capacitação, havendo várias ações conforme o perfil de cada produtor. “Além da capacitação, são realizadas sensibilizações e rodadas de negócios entre outros”, descreve.

No Rio Grande do Sul, o programa oferece ao produtor um suporte que conta, além da integração da CNA e Apex Brasil, com a Farsul e Senar-RS. Muttoni explica que conforme os perfis dos produtores, diversas ações podem ser realizadas. “Pequenos produtores podem ser organizados em grupo e indicados a participarem da Assistência Técnica e gerencial (Ateg) e de outras atividades do Senar-RS, por exemplo’, comenta.

O Agro.BR está elaborando uma vitrine virtual e portfólios digitais, ambos em inglês e mandarim, e realiza seminários que apresentam vantagens e caminhos para a atuação no mercado internacional. O programa conta ainda com um escritório em Shangai, na China que realiza levantamento de informações comerciais e características de negócios. Ele também faz mapeamento de mercados, compradores, distribuidores e parceiros locais; procura oportunidades e características da cadeia comercial dos principais mercados e realiza missões internacionais, que atualmente estão acontecendo por meio de participações em feiras e rodadas de negócios virtuais devido as restrições impostas pela pandemia de Covid-19.

Os produtores interessados em participar do programa Agro.BR devem preencher uma ficha cadastral neste link. Após, é realizada a análise do perfil do produtor e encaminha a assinatura do termo de adesão, quando são realizados os encaminhamentos conforme o perfil de cada um. Não existe uma data limite para a inscrição, mas as vagas são limitadas. Todo o suporte ao produtor rural é feito de forma gratuita.

Nota Oficial – Retirada da Vacinação Contra Febre Aftosa no RS

Nota Oficial – Retirada da Vacinação Contra Febre Aftosa no RS

Após consulta aos sindicatos rurais, Farsul aprova continuidade do processo

A Farsul comunica que, após reunião realizada com os representantes dos sindicatos rurais integrantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, apoia o processo de retirada da vacinação contra a febre aftosa no estado. A decisão foi tomada por meio de votação entre os participantes, mantendo a tradição democrática da entidade de ser representante das demandas e posições dos produtores rurais do Rio Grande do Sul.
É sabido que ainda existem itens a serem concluídos pelo Governo do Estado para o cumprimento de todo o protocolo estipulado para que o Rio Grande do Sul receba o status de livre de aftosa sem vacinação, pela OIE. Competirá a nós o acompanhamento da evolução desses pontos, auxiliando no que nos cabe e cobrando os que são compromissos de outros.
Somos cientes das responsabilidades que cairão sobre os produtores, especialmente quanto a vigilância no campo. Pois, além das dificuldades conhecidas do setor público para tal, são os produtores os principais interessados na manutenção da segurança sanitária no nosso setor.
Entretanto, necessitamos que, após a conclusão do processo, tenhamos a garantia do Poder Público de que as medidas apresentadas serão, efetivamente, colocadas em prática para que aquele que é o principal interessado, o produtor rural, tenha tranquilidade em exercer sua atividade sabendo que está respaldado jurídica e sanitariamente.

Gedeão Silveira Pereira
Presidente do Sistema Farsul

 

Farsul apresenta estudo sobre produções agrícolas convencionais e sem defensivos

Farsul apresenta estudo sobre produções agrícolas convencionais e sem defensivos

Levantamento aponta diferenças produtivas e impacto econômico entre modelos

A Farsul apresentou nesta quarta-feira (29/7) um estudo que traz uma simulação da produção agrícola do estado caso ela não utilizasse defensivos agrícolas em sua totalidade e a comparação com a agricultura convencional. O levantamento usou por base os números da safra 2019 e estudos científicos sobre o assunto. O objetivo é demonstrar o impacto econômico e social que uma adoção generalizada do modelo causaria.

Na abertura da apresentação, o presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, explicou que “a Federação busca desmitificar a acusação de um pessoal de plantão que gosta de apontar o agronegócio de envenenador do meio ambiente. E tentam fazer uma comparação entre os chamados orgânicos e os feitos de maneira tradicional”.
Gedeão também destacou a posição da Farsul em não distinguir os produtores conforme o modelo adotado. “A Federação da Agricultura, representa a todos produtores rurais. Quem achar que tem nicho de mercado para produzir orgânicos, que siga na sua seara. Quem prefere o sistema convencional, que siga assim produzindo. O Que queremos demonstrar em números, através da ciência, é justamente as diferenças de eficiência produtiva entre os sistemas, para trazer a importância de tudo aquilo que a gente faz e como faz”, comenta.

O presidente também aproveitou para reforçar o papel do setor no atual momento. “Estamos num momento muito importante porque agronegócio brasileiro está cumprindo com sua grande missão. Basta chegarmos em qualquer supermercado para vermos a quantidade a qualidade dos produtos ofertados. Aquilo que tínhamos uma grande preocupação, que era haver algum tipo de desabastecimento em função da pandemia, não ocorreu. E não ocorreu porque o agronegócio não parou de funcionar e não só tem abastecido o mercado interno, como continua abastecendo fortemente os mercados internacionais”, afirma.

O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, destaca as razões da realização do levantamento. “Não podemos aceitar que os produtores convencionais ou os que adotam uma agricultura sem defensivos sejam estigmatizados, que algum processo produtivo seja avaliado de maneira preconceituosa. E quando esse estigma pode vir do Estado, vestido de política pública, tributária ou coisas do tipo, isso exige uma resposta clara do nosso lado. Montamos o estudo para mostrar a razão dos produtores adotam uma agricultura convencional e os benefícios que trazem ao Estado”, descreve.

O levantamento aponta que a adoção de uma produção exclusivamente sem defensivos significaria uma redução de R$ 51,36 bi no PIB do Rio Grande do Sul. Isso é equivalente a uma queda de 10,69%, superior a três vezes o impacto das piores secas. Atualmente, o estado possui 1.240 empresas distribuidoras de insumos e 128 cooperativas que tem boa parte da receita. Utilizando uma única forma, grande parte dessas empresas seriam fechadas junto com seus postos de emprego.

O resultado significa uma retração de 32% somente no PIB do agronegócio gaúcho. O próprio Governo Estadual registraria uma considerável perda de arrecadação. Em 2019, no caso, o Rio Grande do Sul teria menos R$ 4,98 bi nos cofres públicos. No mesmo ano, o déficit do governo era de R$ 3,2 bi.

Os defensivos são responsáveis por um grande investimento dos produtores, especialmente por serem importados e influenciados pela variação cambial. Uma produção sem utilizá-los reduziria os custos em R$ 9,43 bi. O problema está na queda de produtividade. A produção de 33,6 milhões de toneladas de grãos, cairia para 23,2 milhões.
E o impacto econômico geraria também reflexos na área social. Como possuem uma produtividade menor, os produtos que não recebem aplicações de agroquímicos tem custo maior para o consumidor na relação de demanda de mercado. Ao considerar que toda a produção gaúcha adote esse modelo, a disponibilidade de alimentos seria menor, reajustando os preços.

Um exemplo está no arroz. O Rio Grande do Sul é o maior produtor do cereal no Brasil, atendendo boa parte da demanda nacional, além de exportar. Em 2019, o rendimento médio de uma lavoura convencional era de 7.417 kg/ha em lavouras convencionais. Já naquelas em que não havia a aplicação de defensivos a produtividade caiu para 4.286 kg/ha. Uma diferença de 42%.

A menor oferta do produto deixaria 62,6 milhões de brasileiros desabastecidos. Isso afetaria a população mais carente do país que tem no arroz um dos principais ingredientes da sua dieta diária. A escassez o tornaria um produto nobre e aumentaria os preços ao consumidor. Para garantir o volume, seria preciso aumentar em 50% a área plantada.
O coordenador da Comissão do Meio Ambiente da Farsul, Domingos Lopes, lembra que além de abastecer o consumo interno, o Brasil exporta para centenas de países que possuem os mais diferentes regramentos para a entrada de alimentos e cumpre todas as exigências, o que garante a segurança alimentar. A grande maioria desses produtos são resultantes do modelo agrícola convencional.

Sobre o debate entre os modelos produtivos, Lopes reforça o posicionamento da Federação. “Defendemos sempre que o que rege nosso modelo de produtividade em primeiro lugar é a legalidade. Em segundo está o tripé que consideramos base da nossa atividade. Sustentabilidade, pois temos sim que sustentar o meio ambiente; temos que ter um desenvolvimento social.

Confira o estudo apresentado.

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